“Agora já posso ir ao banco?”. O tom distendido e humorado da pergunta de António Costa à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ficou na memória coletiva na apresentação do plano de recuperação e resiliência de Portugal o PRR – o primeiro a ter luz verde de Bruxelas e com o qual o governo promete transformar o país no pós-Covid 19.

Todos se lembram do “agora já posso ir ao banco?”, do primeiro-ministro português, mas menos se recordam da frase anterior da Dra. von der Leyen o “there’s a lot of work ahead of you”. No conjunto das opiniões que foram sendo ventiladas há dois pontos que prevalecem no seio dos agentes empresariais e em alguns dos agentes políticos.

Um dos pontos é o de que o eixo da Resiliência do PRR é dos três o que reserva as menores quotas para projetos a gerir pela iniciativa privada. No outro ponto defende-se que os montantes elevadíssimos que irão ser alocados no âmbito dos outros dois eixos – o da Transição Digital e o das Alterações Climáticas – não têm qualquer garantia de que possam vir a alavancar a economia nacional, não só no seu todo mas sobretudo no setor chave – o das exportações, o setor dos bens transacionáveis.

Esta é uma proposta de análise inicial para o convidado desta semana João Cardoso de Albuquerque, vice presidente do Conselho Geral da CIP– Confederação Empresarial de Portugal que acaba de apresentar um plano para o pós Covid - e presidente da ACIB, a associação comercial e industrial de Barcelos – um dos concelhos do ponto de vista industrial e económico mais vibrante do país e dos concelhos campeões de exportações no país.

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