Face à previsão de danos muito sérios na economia europeia a Comissão Europeia deu esta semana o tiro de partida a uma segunda fase de consultas para garantir “salários mínimos justos” na União Europeia.

É opinião do executivo comunitário que salários mínimos justos “proporcionariam a trabalhadores vulneráveis uma almofada financeira em caso de dificuldades”. Também poderiam contribuir para “reduzir as desigualdades salariais n a sociedade, aumentar a procura interna e fechar a diferença salarial entre homens e mulheres”. Este é um dos alvos defendidos pela equipa de Ursula Von der Leyen desde que assumiu a pilotagem do projecto europeu em dezembro de 2019.

O comissário de emprego, Nicolas Schmidt, lamentou que “um em cada seis trabalhadores tem um salário baixo e a maioria são mulheres”. “Estes trabalhadores mantiveram vivas as nossas sociedades e economias durante a crise da Covid19 quando tudo o mais parou, mas, paradoxalmente, serão os mais afectados pela crise", acrescentou Nicolas Schmidt.

Esta é a mais recentes das questões envolvendo o novo panorama europeu a desenhar a 19 de junho quando o Conselho Europeu colocar chefes de estado e de governo a discutir o plano económico da Comissão Europeia, na sequência das propostas de Angela Merkel e Emmanuel Macron que promete mudar a face da Europa.

Há ainda muitas reservas dos países frugais – Áustria, Dinamarca, Holanda e Suécia e o plano tem de ser ratificado por muitos parlamentos nacionais, mas será que sofrerá grandes alterações?

Esta é uma das várias questões para análise do advogado Nuno Melo, deputado português do Parlamento Europeu eleito pelo CDS.

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