Especial atenção ao Brexit, sobretudo desde que se começou a vislumbrar um acordo entre Londres e Bruxelas. Só numa semana, vários acontecimentos: Theresa May enfrentou o próprio partido e Governo (que, apesar de algumas baixas, ainda não teve consequências de maior) e a UE, apesar de todas as cautelas, dá sinais de aceitar a versão encontrada e até talvez validá-la já no próximo domingo.

Para Paulo Rangel, até à chegada do acordo (e nestes primeiros dias), tudo está a passar-se como o eurodeputado esperava. Rangel acha que já existia um acordo técnico na prática há um mês ou mais, mas May quis ganhar tempo para tentar convencer os membros do seu Governo e os seus deputados, para conquistar mais gente para a sua estratégia de solução para o Brexit, mas, a partir do momento em que percebeu que ia ter problemas na bancada, ela arriscou (e bem) e ter uma solução para o Brexit em vez de ter um fracasso e não apresentar qualquer documento. Por outro lado, lembra o eurodeputado social-democrata, começou o processo para tentar criar uma moção de censura dentro do grupo parlamentar dos Conservadores (e no Reino Unido é a bancada que escolhe o Primeiro-ministro). Mas, para já, tudo aponta que não haja maioria que derrube Theresa May. Rangel acha que May pode sair fragilizada, mas não cairá. Resta saber, diz o eurodeputado, se vai conseguir fazer aprovar o acordo no Parlamento britânico no princípio de Dezembro. E, aí, as coisas estão mais difíceis, avisa Rangel.

Segundo o social-democrata, ha randes chances de o acordo não pasar no parlamento e May deiuxa de er coindiçõs para continuar como Primeira-ministra. Um "no-deal" terá sempre um impacto grande que pode fazer aparecer com mais força as pessoas que defendem um segundo referendo. "Instabilidade, incerteza e imprevisibilidade são as palavras de ordem para as próximas semanas, mas convém que a UE aprove o documento", afirma.

Para Fernando Medina, o acordo tal como está redigido é uma tremenda derrota para quem fez campanha pela saída, sobretudo Farage e Johnson. Diziam que iria parytar a imigração e não conseguem, diziam que iam ter mais verbas e não vão ter, e prometiam melhores acordos comerciais para o Reino Unido, mas o Mundo não se mostrou muito interessado no mercado britânico.

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