04 dez, 2017 - 16:13
O presidente eleito do Eurogrupo, Mário Centeno, diz ter aprendido com o exemplo do líder cessante no cargo, Jeroen Dijsselbloem, a importância dos consensos, “a única maneira de avançar”.
“Gerar consensos é a única maneira de avançar, temos que aprender com as lições dos outros”, disse Centeno, esta segunda-feira, depois de Dijsselbloem ter avançado que o único conselho que tem para lhe dar é o de manter o caminho que foi traçado, “sem relaxar” na estabilidade orçamental.
Ambos falavam na conferência de imprensa após a eleição de Centeno para presidente do Eurogrupo.
Por seu lado, o ministro das Finanças falou da importância de “reforçar a zona euro”, lembrando que “estamos a enfrentar desafios diferentes dos que se colocavam até recentemente”.
O ministro das Finanças foi eleito esta segunda-feira presidente do Eurogrupo, ao impor-se na segunda volta da votação realizada em Bruxelas, anunciou o Conselho da União Europeia.
Centeno foi o mais votado na primeira volta (oito votos), após a qual saíram da “corrida” a letã Dana Reizniece-Ozola e o eslovaco Peter Kazimir, tendo o ministro português derrotado o candidato luxemburguês Pierre Gramegna na segunda volta da eleição.
Centeno torna-se, assim, o terceiro presidente da história do fórum de ministros das Finanças da zona euro, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker e do holandês Jeroen Dijsselbloem. Centeno iniciará a 13 de Janeiro um mandato de dois anos e meio, até meados de 2020.
Centeno disse que a candidatura portuguesa à presidência do fórum de ministros das Finanças da zona euro foi construída “com muita credibilidade e esforço”.
Na mesma conferência de imprensa, Jeroen Dijsselbloem destacou que Mário Centeno foi o escolhido entre "quatro candidatos excelentes" à sua substituição, desejando-lhe felicidades no futuro cargo.