24 nov, 2017 - 18:32
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defende que o ministro das Finanças, Mário Centeno, "é um grande nome" e "uma candidatura forte" à presidência do Eurogrupo, mas aconselhou a baixar expectativas para evitar desilusões.
Há uma semana, numa cimeira europeia em Gotemburgo, na Suécia, o primeiro-ministro, António Costa, manteve a incógnita em torno da eventual candidatura do ministro das Finanças à presidência do Eurogrupo, afirmando que a decisão pode ser tomada até 30 de Novembro e será tomada "no momento próprio".
Esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas no bairro da Cova da Moura, na Amadora, Marcelo Rebelo de Sousa pareceu dar como certo que Mário Centeno será candidato, considerando que "é um grande nome" e que "a candidatura é, de facto, é uma candidatura forte".
"Agora, qual será o resultado, vamos ver. Vamos ver. Eu não gosto de elevar expectativas. Eu tenho uma posição na vida que é baixar expectativas. E, depois, se corre bem, grande alegria", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa insistiu na ideia de que "quem eleva muito as expectativas, depois tem desilusões", aconselhando: "Devemos dispensar desilusões. A vida já é tão complicada que não vale a pena elevar muito as expectativas".
Infarmed sem comentários
Questionado sobre a decisão do Governo de mudar para o Porto o Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, chefe de Estado voltou a recusar falar deste tema, mas informou que encarregou uma assessora sua de receber uma delegação de trabalhadores deste instituto público.
"Eu tinha recebido, por um lado, documentação, e por um lado pedido de audiência, e disse a uma das assessoras para receber - não sei se é hoje, se é segunda-feira - uma delegação de trabalhadores. Mas é uma questão administrativa", disse.
Interrogado se compreende as preocupações dos trabalhadores, retorquiu: "Não me pronuncio. É uma questão administrativa. É da competência do Governo. Não há nenhuma lei enviada ao Presidente da República".
Quanto à candidatura do Porto à sede da Agência Europeia de Medicamentos, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "o Governo e a Câmara do Porto fizeram o possível e o impossível" e que nestes processos há "muito voto tático, à última da hora".
"Isto é, até ao último minuto há uma dose de imprevisibilidade muito grande, porque se trata de decisões entre vários estados, num contexto complexo. Portanto, não vale a pena estar a fazer previsões", argumentou.