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Famílias com filhos deficientes vão receber mais por mês

17 nov, 2017 - 07:34 • Paulo Ribeiro Pinto

Em causa estão 13 mil beneficiários da prestação. O aumento resulta das negociações entre o Bloco de Esquerda e o Governo para o Orçamento do Estado para 2018.

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A Renascença apurou que as famílias com filhos portadores de deficiência vão receber mais 6,4 euros por mês no subsídio por assistência de terceira pessoa. O aumento resulta de negociações entre o Bloco de Esquerda e o Governo para o Orçamento do Estado para 2018.

Em causa estão 13 mil beneficiários da prestação que se destina a compensar as famílias com filhos, a receber o abono de família com bonificação por deficiência.

O Bloco de Esquerda sublinha que, na maior parte das vezes, as mães acabam por deixar o emprego para cuidar dos filhos reduzindo o rendimento do agregado.

“São famílias que normalmente a mãe se despede para poder cuidar do seu filho. Logo são famílias que empobrecem porque deixa de entrar um rendimento em casa. E nós focámo-nos nesta prestação precisamente por causa disso”, lembra o deputado Jorge Falcato que reconhece que ainda não é o ideal.

“A nossa proposta era mais generosa do que aquilo que foi conseguido, mas vamos ter um aumento de 6,4 euros por mês, quando no ano passado o aumento desta prestação foi de 51 cêntimos. É um avanço, não tanto como nós gostaríamos”, afirma do deputado bloquista.

Prestação para a inclusão alargada

A reivindicação já não é nova. O Bloco de Esquerda tinha pedido uma apreciação parlamentar da nova prestação social para a inclusão que entrou em vigor a 1 de Outubro deste ano.

Até agora podiam aceder a este apoio as pessoas entre os 18 anos e a idade legal de acesso à pensão de velhice do regime geral, com deficiência da qual resulte um grau de incapacidade igual ou superior a 60%.

O Bloco pedia que o acesso à prestação pudesse ser alargado a pessoas com mais de 66 anos. O deputado Jorge Falcato refere que a “solução encontrada pelo governo tinha falhas e agora na discussão para o Orçamento chegámos a acordo para as pessoas com mais de 66 anos de idade.”

Jorge Falcato acredita que se trata de corrigir uma injustiça: “uma pessoa com 64 anos podia ter acesso a esta prestação vitalícia que acumulava com a reforma. Quem tivesse mais de 66 anos e já estivesse na reforma, não tinha oportunidade de acesso a esta prestação.”

O deputado bloquista acredita que vai abranger muitas pessoas, reconhecendo que não é possível conhecer o universo potencial de beneficiários.

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  • C. Jesus
    22 nov, 2017 Lisboa 13:42
    Previnam antes de acontecer crianças que nascem com deficiência devido á negligência médica!
  • Alexandra Ribeiro
    20 nov, 2017 Alenquer 22:55
    No meu caso tenho uma filha com 90% de incapacidade e eu preferia que criacem escolas capacitadas para receber estas crianças com acesso aos cuidados de saúde que elas precisam como fisioterapia etc. em vez de aumentarem o subcidio pois assim poderia voltar a trabalhar
  • Jose eduardo viegas
    18 nov, 2017 Aveiro 13:25
    Existen filhos de maes solteiras donde a S.S negam o subsidio. Porque? Quando a construcción diz que todos teem ese direito.
  • 17 nov, 2017 22:54
    Uiii que tanto dinheiro😈👿
  • Catarina L.
    17 nov, 2017 11:19
    Filhos deficientes? As pessoas não são deficientes, podem ter uma deficiência (é muito diferente). Quanto a este tipo de jornalismo, este sim é deficientes...
  • António Silva
    17 nov, 2017 Vila Nova de Gaia 10:03
    O BE está no caminho certo mas continua a faltar uma lei que regulamente o acesso às pessoas com deficiência à reforma. As pessoas com 60% ou mais de incapacidade deveria ter direito à sua reforma aos 55 anos de idade e 30 anos de desconto para a Segurança Social. Existem casos, poucos muito poucos, em que estas pessoas já ultrapassaram até estes marcadores. Uma coisa é as pessoas terem estes subsídios, provavelmente porque nunca puderam trabalhar, outra coisa é a reforma porque estas pessoas também gostariam de ver o seu contributo para a sociedade ser reconhecido. E isso psicologicamente também é importante. Este é o passo que falta dar por parte dos nossos governantes e políticos. Uma pessoa que tenha 55 anos e 38 de desconto será que vai conseguir trabalhar até atingir a idade normal da reforma tal como se apresentam as regras actualmente? Não me parece uma vez que as questões de saúde ligadas à deficiência e outras que vão surgindo com o avançar da idade não o vão permitir e, assim, estas pessoas estão a ser discriminadas. Haja coragem para avançarem com uma solução mais que justa e não passem este problema de ano para ano como infelizmente tem sido apanágio de todos os governos.
  • Gina Lemos
    17 nov, 2017 Setubal 09:34
    Importa que o jornalismo se faça com rigor. Não há pessoas deficientes. Há pessoas com deficiência, quanto muito. A linguagem que usamos diz muito do modo como pensamos.
  • zulmira
    17 nov, 2017 ranholas 09:20
    O bloco de esquerda tem feito todos os possíveis para que as pessoas com maiores dificuldades tenham um pouco mais, é bom irem lendo e lembrarem-se na altura de eleições.Força Catarina.

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