09 nov, 2017 - 21:10
Uma das decisões mais difíceis da gestão de 14 anos como presidente do Benfica, para Luís Filipe Vieira, envolveu Jorge Jesus. E, por via da aprendizagem dos eventuais erros cometidos no passado, também meteu Fernando Santos ao "barulho".
Em entrevista à BenficaTV, em pleno Museu Cosme Damião, no Estádio da Luz, perante uma plateia de 70 convidados, o líder encarnado elencou os três momentos de maior pressão que viveu na esfera das águias.
No Verão de 2013, Vieira via o universo benfiquista unido contra si e contra a intenção de manter Jorge Jesus no comando técnico da equipa de futebol, após três épocas de ausência de sucesso. E foi com a memória do que havia acontecido com Fernando Santos, alguns anos antes, que o presidente decidiu o que queria fazer.
"Uma foi a construção do Estádio da Luz e convencer o Manuel Vilarinho a ter essa ousadia quando ninguém acreditava nisso. Outra, pela relação que tinha com ele, foi ter de falar com o Fernando Santos e dizer-lhe que no dia seguinte já não seria treinador do Benfica. Passou-me muita coisa pela cabeça. E a outra foi, contra tudo e contra todos, a continuidade do Jorge Jesus. No outro dia, toda a gente me criticava e diziam que estava sozinho. Já tinha aprendido a lição com o Fernando Santos. Segui o meu 'feeling' ", salientou.