09 nov, 2017 - 11:22 • Ecclesia
O Papa Francisco aprovou esta quinta-feira a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heroicas” de João Paulo I, pontífice que faleceu em 1978, 33 dias depois da sua eleição.
O documento foi publicado na sequência de uma audiência entre o Papa Francisco e o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, esta quarta-feira.
Albino Luciani nasceu em Canale d'Agordo, Diocese de Belluno, no Véneto, a 17 de Outubro de 1912; era patriarca de Veneza quando foi eleito Papa a 26 de Agosto de 1978, assumindo o nome de João Paulo I; ficou conhecido como o "Papa do Sorriso".
Foi o primeiro pontífice, desde Clemente V, a recusar uma coroação formal, e não quis ser carregado na cadeira gestatória.
A 28 de Setembro de 1978, 33 dias após a eleição pontifícia, viria a ser encontrado sem vida, no seu quarto.
O reconhecimento das “virtudes heroicas” é uma fase central do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade.
A aprovação de um milagre é agora o passo necessário para a proclamação de João Paulo I como beato.
A jornalista Stefania Falasca, vice-postuladora da causa de canonização de João Paulo I, lançou esta terça-feira um novo livro sobre o Papa italiano, que desmonta “teorias da conspiração” sobre a sua morte.
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, fala da obra como uma reconstrução efetuada com “uma pesquisa histórica rigorosa, com base numa documentação de exceção, até agora inédita”.
Stefania Falasca, autora do livro, disse à Rádio Vaticano que procurou reconstruir “os últimos instantes da morte do Papa” italiano, com testemunhos e documentação médica, tendo chegado à certeza de que João Paulo I “morreu por causa de um acidente isquémico que provocou um enfarte”.
“Esta é a verdade nua e crua”, acrescentou.