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Greve na Função Pública. Hospitais com adesão elevada no turno da noite

27 out, 2017 - 06:05

Coordenadora da Frente Comum de sindicatos da Função Pública garante que o Orçamento do Estado fica "muito muito aquém do necessário" no momento.

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A cordenadora da Frente Comum de sindicatos da Função Pública, Ana Avoila, considerou esta sexta-feira que a adesão nos hospitais, com vários a 100% nas primeiras horas, é indicativa que a participação na greve geral será elevada.

A dirigente sindical, que prestou declarações à porta do Hospital de São José, em Lisboa, referiu que o início de greve está a ser "muito bom".

"Tendo em conta os objectivos da greve e o sentimento que graça na administração pública, o descontentamento vai levar a que a participação seja muito grande", disse.

Ana Avoila afirmou que no hospital de São José a adesão à greve é de 100%, tal como na Estefânia ou nos hospitais em Braga, Bragança, Famalicão e Guimarães.

"No Porto, só há os serviços mínimos. O Garcia de Orta, em Almada, o Barreiro e os hospitais de Coimbra também estão com o mesmo nível de adesão", afirmou.

No hospital São Francisco Xavier a adesão é de 95%, em Santa Maria de 80% e na Maternidade Alfredo da Costa de 75%, enquanto que no Amadora-Sintra a adesão é de 100%, sendo considerado pela dirigente sindical como um "sítio muito difícil" de conseguir estes níveis.

Ana Avoila disse que o Orçamento do Estado fica "muito muito aquém do necessário" no momento.

"O que vem é muito pouco. Fica tudo congelado exceto uma parte das progressões nos escalões, é mais aquilo que tiram do que aquilo que dão", concluiu.

Em causa na greve nacional está a falta de respostas às reivindicações da Frente Comum, como o aumento dos salários na função pública, o descongelamento "imediato" das progressões na carreira e as 35 horas semanais para todos os trabalhadores.

Esta é a segunda greve nacional dos trabalhadores da Administração Pública com o actual Governo e a primeira convocada pela Frente Comum de Sindicatos, segundo a listagem cedida pela estrutura sindical.

A primeira greve com o executivo de António Costa ocorreu em 29 de Janeiro de 2016 e foi convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública. Em causa estava a reposição das 35 horas semanais de trabalho.

Comentários
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  • José
    27 out, 2017 Sintra 21:06
    Achei piada à justificação dos enfermeiros para fazerem greve: Está tudo acertado com o governo, só fazemos greve para que seja, de facto, cumprido o combinado."!!!!!!!!!!!!! Obs: E que tal fazerem greve para obrigarem o Estado a pagar o ordenado todos os meses, como é de lei?
  • Greves à sexta
    27 out, 2017 Lis 10:40
    A mentalidade grevista de há 50 anos!...
  • O que isto
    27 out, 2017 Lx 08:56
    De adesão elevada no turno da noite? Se num determinado serviço à noite, estavam previstos 2 trabalhadores, só apareceu um, a adesão é de 50%? Será isto?...mas não tem de ser contabilizado os serviços minimos? E quem está nesses serviços são contabilizados como grevistas? Poderão não ser!...
  • Dona Avoila
    27 out, 2017 Lx 08:47
    Ainda não entendeu que não é assim que justifica melhores condições para os trabalhadores da administração publica? O que estão a fazer só dão oportunidade para que aqueles conscientes e inconscientes que atacam a administração pública aproveitem a situação para a desprestigiarem? Será que ainda não aprenderam que não é desta forma que ganham credibilidade? Não façam da greve uma banalidade nem pretendam servir-se dela para segurarem militantes e eleitores! Esforcem-se no dialogo e no equilíbrio do que é possível. Não destruam o que está a ser reconstruído! A greve é a última arma a ser utilizada e esta é completamente injustificada, a não ser para os fins acima referidos!...

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