29 set, 2017 - 23:16
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, encerrou a campanha para as eleições autárquicas em Loures, com um discurso contra o populismo e o racismo.
“A CDU é a força que repudia a demagogia e o populismo barato”, declarou Jerónimo de Sousa num discurso perante centenas de apoiantes.
Sem referir o nome do candidato do PSD a Loures, André Ventura, que atacou a comunidade cigana durante a campanha, Jerónimo criticou aqueles que tentam “despertar fenómenos de racismo”.
“Em Loures, têm de caber cá todos no nosso concelho”, declarou o líder do PCP.
Para Jerónimo de Sousa, a campanha veio provar a qualidade das candidaturas da CDU, com os eleitores a reconhecerem, sem preconceitos, o trabalho feito pelos candidatos.
Destacou ainda o carácter diferenciador da acção autárquica da CDU, coligação que “vale a pena pela atenção que dá aos problemas sociais” e a questões como a educação, cultura, transporte e ambiente, salientou.
Antes, num jantar em Odivelas, o secretário-geral do PCP apelou aos militantes para aproveitarem o dia de reflexão para convencer os indecisos a votar no domingo na CDU, sublinhando que "nada está decidido".
"Acho que não devíamos descansar com o trabalho que realizámos. O tempo que falta é importante para convencer mais gente a votar na CDU e no nosso projecto. A nossa reflexão deve ser partilhada com outros que não decidiram em quem votar e estão hesitantes", afirmou o líder comunista.
Jerónimo de Sousa sublinhou que o partido "foi a força política que mais combateu a abstenção" e que, "independentemente do resultado, já obteve uma vitória".
"Não sei qual vai ser o resultado, mas foi a CDU que apresentou propostas e mobilizou eleitorado para ir votar no dia 1. Fomos a força política que mais combateu a abstenção, perante um PS instalado e um PSD resignado", apontou.
No final e, antes de se deslocar para o município vizinho de Loures, presidido pelo comunista Bernardino Soares, Jerónimo de Sousa deixou uma mensagem de incentivo para a candidatura ao concelho de Odivelas, presidido desde a sua formação em 1998 pelo PS.
"Camaradas, não sei qual vai ser o resultado aqui, mas valeu a pena travar esta batalha porque vamos crescer e avançar. Temos consciência de que podemos ser alternativa", concluiu.
[notícia actualizada às 23h39]