Angela Merkel reforça o seu poder no fim das eleições na Alemanha. A chanceler foi reeleita com cerca de 42% dos votos e só por pouco não conseguiu a maioria absoluta – algo que só aconteceu no país em 1957.
A dirigente da CDU apelidou os resultados de “super vitória”. Foi a maior maioria da democracia alemã desde Helmult Khol, há 23 anos.
Os liberais quase desapareceram do mapa – foram relegados para a irrelevância política.
– e Angela Merkel terá agora de encontrar novo parceiro de coligação. Os Verdes são uma opção. O SPD subiu, mas foi copiosamente derrotado. O partido mergulha esta segunda-feira em reuniões directivas.
Angela Merkel tem, por isso, agora de encontrar novo parceiro de coligação. Tal como em Portugal, as relações entre o maior partido da esquerda e as formações mais pequenas são difíceis. Verdes e a coligação de extrema-esquerda estão no patamar dos 8%. Desceram votações e apenas os Verdes entram em contas de coligação.
No sentido contrário, uma votação surpreendente nos eurocépticos do AFD, que defendem que a maioria dos países do Sul não deve estar no euro. Com apenas quatro meses de vida, este partido ficou a apenas uma décima da eleição de deputados.
Tudo na mesma Na leitura do professor Fausto Quadros, especialista em Direito Comunitário e conhecedor da política alemã, Portugal não deve esperar grandes mudanças de discurso em Berlim.
Na Alemanha, o que se pode extrair da campanha eleitoral é que Angela Merkel se mantém defensora do euro e deve manter a sua boa relação com o Governo português, sempre pedindo “responsabilidade orçamental”.
Em Bruxelas, também não se esperam mudanças, até porque a vitória esmagadora da chanceler significa um sinal verde à política seguida até aqui.
Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.