20 mar, 2017 - 20:40
O Benfica divulgou, esta segunda-feira, em comunicado, os motivos que presidem à ausência de representantes do clube na Gala Quinas de Ouro, organizada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), no Estoril.
Numa extensa nota enviada às redacções, a direcção de comunicação dos tricampeões nacionais de futebol justifica a decisão com a alegada falta de respeito a que estarão a ser votados por parte do organismo federativo.
"Entende o Sport Lisboa e Benfica que não tem sido devidamente respeitado e não é aceitável a continuação deste clima de impunidade que resulta da ineficácia das principais instituições que gerem o futebol português. Nesse sentido, o Sport Lisboa e Benfica considera que estando ultrapassados todos os limites de tempo razoáveis para se aguardar por decisões (quaisquer que elas sejam) e não existindo qualquer explicação, chegou o momento de publicamente demonstrar e expressar a sua indignação, justificando por esse motivo a ausência de representantes institucionais do clube no evento hoje realizado", pode ler-se no referido comunicado, que aborda ainda a ausência de "tomadas de posição" por parte da FPF quanto ao que os encarnados consideram ser o "grave clima de coacção, intimidação e declarações públicas ofensivas quase diárias a que se tem assistido no futebol português".
"O Benfica não aceita este estado de total anarquia, de vale tudo em que se está a transformar o futebol português, tornando-se exigível que a lei seja cumprida de forma transparente e que exista uma JUSTIÇA IGUAL PARA TODOS. Existem factos que resultam de ameaças, insinuações e insultos públicos que só foram objecto de abertura de processos após as competentes participações disciplinares efetuadas pelo Sport Lisboa e Benfica", prossegue a direcção de comunicação do Benfica.
Rui Vitória, treinador da equipa principal de futebol das águias, está nomeado, como candidato, ao prémio de treinador do ano para a FPF.
Leia, em baixo, o comunicado na íntegra
Face à permanente e reiterada inexistência de tomadas de posição por parte dos responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e perante o grave clima de coacção, intimidação e declarações públicas ofensivas quase diárias a que se tem assistido no futebol português;
Face a uma inequívoca dualidade de critérios da justiça desportiva, até hoje não contestada, em que só os processos que envolveram o Sport Lisboa e Benfica (Luis Flipe Vieira, Rui Costa e Rui Vitória) conheceram uma decisão célere e penalizadora, em contraponto com uma total ausência de decisões sobre outros processos, alguns bem mais antigos, que envolvem outras instituições e agentes desportivos por factos de reconhecida enorme gravidade:
Entende o Sport Lisboa e Benfica que não tem sido devidamente respeitado e não é aceitável a continuação deste clima de impunidade que resulta da ineficácia das principais instituições que gerem o futebol Português.
Nesse sentido, o Sport Lisboa e Benfica considera que estando ultrapassados todos os limites de tempo razoáveis para se aguardar por decisões (quaisquer que elas sejam) e não existindo qualquer explicação, chegou o momento de publicamente demonstrar e expressar a sua indignação, justificando por esse motivo a ausência de representantes institucionais do clube no evento hoje realizado.
O Benfica não aceita este estado de total anarquia, de vale tudo em que se está a transformar o futebol português, tornando-se exigível que a lei seja cumprida de forma transparente e que exista uma JUSTIÇA IGUAL PARA TODOS.
Existem factos que resultam de ameaças, insinuações e insultos públicos que só foram objecto de abertura de processos após as competentes participações disciplinares efetuadas pelo Sport Lisboa e Benfica.
São factos comprovados, muito preocupantes, que fazem lembrar um regresso a um passado de triste memória e como tal o silêncio não é mais aceitável, tornando exigível que a Federação Portuguesa de Futebol e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional assumam de uma forma clara e transparente as suas obrigações.
O Benfica continuará o seu projeto de engrandecimento do futebol português e exige respeito em nome de uma indústria que requer profissionalismo, rigor e exigência de todos.
É o futuro, a transparência e a sã convivência do Futebol Português que está em causa.
Chegou o momento de respostas claras e não de um silêncio comprometido e escondido.