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Atentado no Canadá. Estudante de 27 anos acusado de homicídio

31 jan, 2017 - 08:03

É considerado “um lobo solitário” e já se terá arrependido. Mas o primeiro-ministro canadiano insiste: ataque foi de “uma violência e crueldade indescritíveis, por que nenhuma comunidade deveria passar”.

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O único suspeito do ataque a uma mesquita na cidade canadiana do Quebeque, na província com o mesmo nome, foi acusado do homicídio premeditado de seis pessoas. Alexandre Bissonnette tem 27 anos e, segundo a imprensa, é um admirador de Donald Trump.

O estudante universitário franco-canadiano de 27 anos foi presente a tribunal, onde ouviu as acusações por seis crimes de homicídio e por cinco de homicídio na forma tentada com utilização de arma.

A investigação não está terminada e as provas não foram ainda todas reunidas, pelo que Alexandre Bissonnette, estudante na Universidade de Laval, deverá voltar a comparecer em tribunal no dia 21 de Fevereiro.

“As acusações derivam das provas disponíveis”, explicou um representante do procurador quando questionado por que não tinha sido acusado do crime de terrorismo.

Segundo as informações veiculadas pela polícia e os órgãos de comunicação social, entre as vítimas mortais estão um professor universitário, um talhante, um farmacêutico e um contabilista. O Governo da Guiné anunciou entretanto em comunicado que dois cidadãos seus também estavam terão sido mortos no ataque.

As motivações do tiroteio no Centro Cultural Islâmico estão ainda por apurar, mas segundo fonte próxima do processo as autoridades consideram este ser “um caso de lobo solitário”.

No início, foram identificados e detidos pelas autoridades dois indivíduos – além de Alexandre Bissonnette, Mohamed el Khadir, de origens marroquinas e estudante na mesma universidade – mas a polícia confirmou mais tarde que apenas havia um suspeito.

De acordo com o jornal canadiano “Le Soleil”, poucos minutos depois do ataque, Alexandre Bissonnette telefonou para a polícia mostrando-se arrependido.

“Não tenham dúvidas. Isto foi um ataque terrorista”

O ataque ocorre no momento em que o Canadá prometeu abrir as portas aos muçulmanos e refugiados, por oposição à política da nova administração norte-americana.

No Parlamento, em Ottawa, o primeiro-ministro canadiano frisou: “Não tenham dúvidas. Isto foi um ataque terrorista”.

“Na noite passada, esta comunidade passou por algo que nenhuma comunidade deveria alguma vez experimentar: uma violência e crueldade indescritíveis perpetradas contra quem se uniu pela amizade e na fé”, afirmou Justin Trudeau na segunda-feira, durante uma vigília em que participaram centenas de pessoas, apesar das temperaturas negativas que se faziam sentir.

E numa mensagem dirigida aos muçulmanos residentes no país, estimados em cerca de um milhão, afirmou: “Estamos convosco. Gostamos de vocês e sempre defenderemos o vosso direito de se reunirem e orar, hoje e todos os dias”.

A província do Quebeque é considerada pacífica – à semelhança, aliás, de todo o Canadá. A cidade do Queeque tem mais de 500 mil habitantes e foi palco de homicídios apenas duas vezes, ambos em 2015.

Os tiroteios e outros ataques em massa não são comuns no país, mas os incidentes envolvendo a comunidade islâmica têm vindo a aumentar nos últimos anos.

Em 2015, o véu usado pelas mulheres muçulmanas esteve no centro do debate nas eleições e, em 2013, a polícia investigou um ataque a uma mesquita em Saguenay, a cujas paredes foi atirado sangue de porco. Em Ontario, foi ateado fogo a uma mesquita no dia a seguir aos ataques de Novembro de 2015 em Paris.

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  • Judite Gonçalves
    31 jan, 2017 Barreiro 10:55
    Um pena, que um jovem estudante decida destruir a sua vida e a dos outros, só porque gosta do Trump. A ser verdade esta acusação é de lamentar profundamente. Ainda mais porque cada vez mais jovens aderem a estes tipos de violência. Violência gratuita contra pessoas inocentes, que apenas se reúnem para rezar. Seja como for ninguém tem o direito de fazer uma coisa destas. Muito bem o primeiro-ministro canadiano na condenação do atentado e nas palavras de apoio à comunidade Islâmica. Uma pena que alguém decida derrubar a tranquilidade de um país em vez de optar pela paz e tranquilidade.

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