25 jan, 2017 - 11:25
O “Diário de Notícias” conta que o Primeiro-ministro defende a urgência da reforma da moeda única contra os proteccionismos e os populismos. Durante um seminário que se realizou esta terça-feira na Fundação Gulbenkian, justamente a propósito de consolidação do euro e convergência, o Primeiro-ministro português aproveitou a presença do ministro espanhol da Economia – Luis de Guindos – para realçar a necessidade de um mecanismo supranacional de estabilização contra choques imprevistos e um Fundo Monetário Europeu para gerir as dívidas soberanas.
Enquanto isso, o “Jornal de Negócios” revela os avisos da troika a Portugal. Os técnicos do FMI, do BCE e do Mecanismo Europeu de Estabilidade estiveram em Lisboa na primeira semana de Dezembro para mais uma avaliação pós-programa de assistência financeira. E deixaram recados sobre a situação nacional. O primeiro, segundo o “Negócios” tem a ver com o crescimento, que continua penalizado pelo endividamento público e privado e pelo volume de crédito malparado. Ainda assim, os técnicos da troika registam o bom resultado no terceiro trimestre do ano passado: um crescimento de 1,1%. Mas, avisam as instituições, é preciso crescer mais e de forma mais sustentada. Depois, tanto o mercado de trabalho como o mercado de produto precisam de reformas adicionais para se tornarem mais eficientes. Há ainda chamadas de atenção à elevada dívida pública, às vulnerabilidades da banca, ao aumento do salário mínimo que – no entendimento da troika – deve ser acompanhado por um aumento da produtividade. E, finalmente, em matéria de energia: a recomendação para o Governo vai no sentido de que sejam tomadas medidas adicionais para reduzir o défice tarifário para baixar os custos para as empresas.
Nas relações Portugal-Espanha, continuamos com as relações minadas pela discussão relacionada com o aterro de resíduos nucleares que Espanha quer instalar na central de Almaraz. O “Público” escreve que “Portugal exige a Espanha ser ouvido sobre eventual prolongamento do tempo de vida da central de Almaraz”. Bruxelas tem 90 dias para tomar uma decisão. Só depois disso é que o Governo poderá avançar com uma queixa formal junto do tribunal europeu. Foi o que disse o ministro do Ambiente Matos Fernandes, esta terça-feira no Parlamento.
Quanto ao Brexit, um dia depois de o Supremo Tribunal britânico ter determinado que o Governo só pode avançar com o processo depois da aprovação do Parlamento, a independência da Escócia volta a estar na ordem do dia. Logo depois de conhecida a decisão dos juízes da mais alta instância britânica, a Primeira-ministra escocesa admitiu logo a possibilidade de realização de um novo referendo sobre a independência do país. De resto Kenny MacAskill, um destacado dirigente do Partido Nacional Escocês antecipa um voto a favor da independência.