19 dez, 2016 - 10:34
Agora que passa mais um aniversário da adesão, a celebração ocorre no meio de um novo episódio de tensão entre a China e os seus principais sócios comerciais: a União Europeia, os Estados Unidos e o Japão. A decisão destas 3 potências de não reconhecerem oficialmente a República Popular como uma economia de mercado enfureceu Pequim que ameaça com represálias. Vai avisando que, se insistirem em romper las regras, a China poderá adoptar uma postura mais agressiva.
Por cá, no “Jornal de Negócios”, destaca-se – no plano europeu – uma consulta aos relatórios e contas de 2015 de 19 bancos centrais europeus a revelar que, no ano passado, apenas 3 deles aumentaram mais as previsões para riscos financeiros em proporção dos novos activos detidos para fins da política monetária. E, neste ranking, o Banco de Portugal é um dos que tem mais provisões: a crescer 4,2%. Alemanha e irlanda até reduziram as provisões. Itália, Espanha e Grécia ficaram longe dos nossos 4,2%.
No jornal “i” Portugal destaca-se num outro ranking, alarmante para uma sociedade onde a família deveria ser uma peça fundamental. Fica a saber-se que em Portugal, por cada 100 casamentos há 70 pedidos de divórcio. O jornal toma por base os dados do Eurostat e da Pordata e conclui que somos o país em que ocorrem mais divórcios, embora seja preciso ter um outro dado em conta: somos também um dos países europeus com menor número de casamentos e cada vez mais tarde. São dados para reflectir.
Destaque, ainda, nesta revista de imprensa, nas páginas do “Diário de Notícias”, a opinião de Jan Zielonka, professor de Estudos Europeus da Universidade de Oxford. Este investigador alerta, por exemplo que os pilares da segurança da Europa estão danificados de forma irreparável e que os líderes europeus atravessam um estado de negação. É de esperar, por isso, forte turbulência a partir do próximo ano. Noutra passagem deste texto lê-se que o referendo do Brexit “enterrou” a União Europeia. Nos próximos anos a UE estará absorvida pelo desagradável processo de divórcio, o que deixará sem tempo e sem energia para exercer o seu poder. Mais uma passagem deste texto: a experiencia dos últimos anos sugere que a maioria dos problemas aterrará na mesa da Sra. Merkel. Dadas as próximas eleições alemãs, ela não ficará satisfeita. Mas, a quem poderá pedir ajuda? Às Sras. May, Szydlo ou Le Pen? Na resposta, o professor de Oxford diz não estar certo de que a “solidariedade de género” vá resolver a questão.