16 dez, 2016 - 17:10
Promover e celebrar os valores da paz, do diálogo, da cooperação e da solidariedade, entre outros, é o propósito de uma vigília pela paz, organizado pela Cáritas de Lisboa.
Henrique Pinto, coordenador do evento, admite que “mesmo em tempo de paz, faz todo o sentido celebrá-la e muito mais quando ela escasseia e rareia e vivemos uma situação de crise e conflito”.
Para este responsável, “haja o que houver, haverá sempre um grupo de pessoas não desistentes, quase obstinadamente que dizem que a cooperação, a solidariedade, a hospitalidade, o diálogo e a paz são incondicionais e não desistem de forma nenhuma. E como o Papa Francisco tem repetidamente dito, aquilo que tanto hoje nos aflige não é a violência pela violência, mas o diálogo e, ainda que muitas vezes tenha que ser interrompido, ele tem que ser reassumido, reabraçado e nunca abandonado”.
Esta Vigília pela Paz é antecedida de uma caminhada que começa às 17h deste sábado perto da Igreja de são Domingos, junto às Portas de Santo Antão. E tem como destino o Mercado de Culturas em Arroios onde vai decorrer este evento entre as 19h e as 21h.
A vigília tem no seu centro a Lanterna do Diálogo e da Paz que será levada por jovens de diferentes tradições religiosas.
Henrique Pinto admite a possibilidade de que esta Lanterna possa ter um lugar fixo na cidade de Lisboa que poderia muito bem ser a Praça do Martim Moniz, por tudo quanto ela representa e significa.
Uma lanterna mais pequena será entregue a cada comunidade representada, como expressão de um compromisso publicamente assumido a favor do diálogo e da paz. “Que ela seja uma recordação viva de que pertencemos a uma comunidade bem maior do que a nossa, de que aquilo que nos separa ou pareça separar é aquilo que de facto nos enriquece e nos transforma”.
Participam diversas confissões religiosas, igrejas cristãs, associações, movimentos laicos e todos aqueles que se identificarem com esta causa.
Vão ainda estar presentes o presidente da Câmara de Lisboa, o vereador do pelouro dos Direitos Sociais, o presidente da Comissão da Liberdade Religiosa e o Alto Comissariado para as Migrações, entre muitos outros.