20 out, 2016 - 16:44 • Olímpia Mairos
A GNR continua a patrulhar o terreno, está em movimento e em estado de alerta a qualquer sinal que possa levar à localização de Pedro Dias. A operação envolve igualmente elementos da Polícia Judiciária (PJ), responsável pela investigação do caso.
O alegado homicida de Aguiar da Beira está em fuga desde o dia 11, altura em que terá matado um militar e um civil, em Aguiar da Beira, distrito da Guarda, além de ter causado ferimentos a outras duas pessoas.
A estratégia das forças policiais parece ser a de cansar o homem e esperar que o alegado homicida cometa algum erro, para que os militares possam avançar para a sua captura. Daí a forma discreta com que a GNR e também a Polícia Judiciária estão a desenvolver esta operação.
As autoridades acreditam que Pedro Dias possa estar escondido na região de Vila Real, entre as aldeias de Constantim, Assento, Carro Queimado, Gache, Ludares e S. Martinho de Anta, e é aí que estão a centrar as atenções e a vigilância, com a preocupação também de garantir a segurança das populações.
Apesar de não ser ver qualquer aparato policial, as buscas prosseguem e, nos últimos dias, militares da GNR têm passado a pente fino palheiros, campos agrícolas e montes, mas, até ao momento, não há vestígio do homem mais procurado do país.
Críticas à comunicação social
Maria vive em Gache. Está "preocupada" e teme que "esta coisa possa terminar mal".
Fala de uma "aldeia assustada" pelo "alvoroço e falsos alarmes lançados pelos jornalistas".
"Isto não se faz. Ontem andaram a dizer que a nossa aldeia estava cercada pela GNR e não se viu nada, apenas um carro da GNR e os carros das televisões atrás".
“Quando vi na televisão fiquei com medo, à espera do pior, mas, quando fui à varanda, só vi carros das televisões a andar de um lado para o outro, em alta velocidade", diz. "Deixem trabalhar quem está a trabalhar”.
“Não se ouve outra coisa. Vezes e vezes o mesmo. Estamos saturados. Parece que Portugal é só isto”, conclui.
Já José, de Ludares, tem receio que o alegado homicida possa estar escondido em "algum barracão ou em casa de algum emigrante e, se sentir apertado, pode fazer mal a alguém".