13 out, 2016 - 12:47
As autoridades nigerianas anunciaram, esta quinta-feira, que o grupo terrorista Boko Haram libertou 21 das alunas raptadas pelo grupo em 2014.
As alunas fazem parte do grupo de 270 que foram levadas de um colégio interno em Chibok, na Nigéria. Na altura várias conseguiram escapar dos camiões que as transportavam, mas nenhuma tinha sido libertada pelo grupo nem resgatada pelo exército desde então.
Segundo uma declaração da presidência da Nigéria, citada pela Reuters, “a libertação das raparigas é o resultado de negociações entre a administração e o Boko Haram, mediadas pela Cruz Vermelha e pelo Governo Suíço”.
O Governo garante que as negociações vão continuar para tentar garantir a libertação das restantes.
Na altura do rapto surgiram informações de que muitas das raparigas tinham sido vendidas ou oferecidas a jihadistas do grupo e que as que não eram já muçulmanas tinham sido forçosamente convertidas.
O rapto chocou o mundo e motivou uma campanha internacional para exigir a sua libertação, mas sem efeitos práticos na altura.
O Boko Haram é um grupo extremista islâmico que entretanto declarou fidelidade ao autoproclamado Estado Islâmico. Uma ofensiva coordenada entre os exércitos de vários países da região tem registado vários avanços contra os jihadistas e possibilitado a libertação de centenas de civis cativos.