25 mai, 2016 - 14:46
A direcção da Obra da Rua considera que o padre da Obra do Calvário, em Paredes, acusado maus-tratos e ofensa à integridade física, está a ser vítima de "achincalhamento e desprezo".
Num comunicado publicado na página de Facebook da Obra da Rua, a direcção da instituição lembra que o padre Batista fez, há 60 anos, "algo que nunca havia sido feito, nem em Portugal nem em qualquer outra parte do mundo", acolhendo os "completamente abandonados, que até os hospitais mandavam 'viver' para 'debaixo da ponte'".
"O nosso companheiro Padre amou até ao fim os seus doentes, brincou com eles, lavou-os, deitou-os, levantou-os todos os dias pelo nascer do dia, alimentou-os, cuidou das suas enfermidades com qualificação técnica sem canudo (há 60 anos não havia Centros de Saúde, nem nada para os incuráveis), estudou, reflectiu, aprendeu da única forma que era possível e ficou a saber e a saber fazer mais e melhor que muitos dotados de canudo", lê-se no comunicado.
A direcção da Obra da Rua entende que o acusado "recebe agora, próximo do fim", a "alta condecoração" de ser "exaltado na ignomínia pelos falsos amigos dos Homens".
Dirigindo-se aos "senhores detentores da injustiça humana", a direcção da Obra da Rua proclama que "a Justiça nunca deixa de se realizar" e diz confiar em que "a Misericórdia que o nosso Papa Francisco vem proclamando, vencerá todo o mal".