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Dois anos depois, ninguém sabe dos bispos raptados na Síria

22 abr, 2015 - 11:30 • Filipe d'Avillez

Boulos Yazigi e Youhanna Ibrahim foram raptados nos arredores de Aleppo, quando tentavam garantir a libertação de dois sacerdotes. Não se sabe sequer se estão vivos ou mortos.

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Faz esta quarta-feira dois anos que foram raptados dois bispos na Síria. Desde então tem havido muitos boatos e especulação, mas de concreto nada se sabe do que lhes aconteceu.

Os metropolitas Boulos Yazigi, da Igreja Greco-Ortodoxa e Youhanna Ibrahim, da Igreja Ortodoxa Siríaca, estavam juntos quando o seu carro foi mandado parar por rebeldes nos arredores de Aleppo.

O condutor do veículo, um diácono, foi morto de imediato e os bispos foram raptados. Uma das versões da história é que os bispos tinham ido tentar assegurar a libertação de dois padres que estavam sequestrados há meses e que os raptores tinham dito que apenas aceitavam que o dinheiro do resgate fosse entregue pessoalmente pelos prelados.

O rapto nunca foi oficialmente reivindicado, pelo que nãos e sabe ao certo qual dos muitos grupos rebeldes os levou, e também nunca se soube mais informação credível sobre o seu estado de saúde ou condição.

Chegou a ser falsamente noticiada a sua libertação e alguns órgãos de informação, citando fontes de serviços secretos, garantiram que os dois bispos estavam vivos, ainda em finais de 2013.

Mas em finais de Outubro de 2014 uma fonte cristã da Síria, muito bem informada, disse à Renascença que nada se sabe do paradeiro de Boulos Yazigi e Youhanna Ibrahim.

Tal como os dois bispos raptados, há mais sacerdotes desaparecidos na Síria. O mais conhecido é Paolo Dall’Oglio, um jesuíta que viveu décadas naquele país até ser expulso pelo regime de Assad. Foi raptado quando entrou ilegalmente no país, para uma zona rebelde, em Julho de 2013, alegadamente pelo grupo conhecido agora como Estado Islâmico.
Comentários
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  • Pinto
    24 abr, 2016 Custoias 15:00
    A raça humana é um ser da pior espécie à face da terra. dependendo das circunstâncias consegue fazer o impensável.

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