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Diogo Lacerda Machado. Partidos querem saber mais sobre ele

12 abr, 2016 - 14:21

Bloco, PCP e CDS juntam-se ao PSD no pedido de esclarecimentos sobre o papel do mediador da confiança de Costa.

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Numa coisa PSD, BE, PCP e CDS concordam: o Governo tem que dar mais esclarecimentos sobre o contrato e o mandato de Diogo Lacerca Machado, o "melhor amigo" de António Costa que tem representado o Estado em vários dossiês, da TAP aos lesados do BES.

O Bloco de Esquerda (BE) rejeita a ideia de numa república existirem “ministros ou consultores sombra” e declara pretender conhecer o mandato e responsabilidades de Diogo Lacerda Machado em negócios envolvendo o Estado.

Pedro Filipe Soares, do BE, afirmou esta terça-feira que na audição de Lacerda Machado na comissão parlamentar de Economia, no fim do mês, a pedido do PSD, será importante para conhecer “todos os contornos do mandato” em negócios como a reversão da privatização da TAP.

“Não pode existir numa república, numa democracia, a ideia de que há espaços-sombra onde as relações contratuais não são esclarecidas”, sublinhou o líder parlamentar bloquista.

O Bloco, lembrou o seu líder parlamentar, apresentou recentemente textos parlamentares com vista ao reforço da transparência da vida política, no qual se prevê, por exemplo, a criação de uma Entidade de Transparência dos Titulares de Cargos Políticos e Altos Cargos Públicos.

Também o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, afirmou que o seu partido entende que "o Governo deve dar todos os esclarecimentos" sobre a intervenção de Lacerda Machado em negócios que envolvem o Estado português.

"Entendemos que o Governo deve dar todos os esclarecimentos relativamente a essa contratação, sem perder de vista o que é central", designadamente a protecção do "interesse público" acima de tudo, "nas intervenções do Governo nos negócios do Estado", disse João Oliveira no encerramento das jornadas parlamentares do partido em Trás-os-Montes.

CDS quer “transparência”

O CDS-PP pediu esta terça-feira "transparência" e esclarecimentos sobre a intervenção de Diogo Lacerda Machado, sublinhando que para actuar em nome do Governo têm de existir regras e requisitos.

"Aquilo que está em causa é perceber como é que actua o Estado português – se há alguém que actua em nome do Estado português, em nome do Governo de Portugal e do primeiro-ministro de Portugal", afirmou a vice-presidente do CDS-PP Cecília Meireles, em declarações aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa.

Sublinhando que "conhecer o contrato será muito importante", porque é preciso perceber a que título é que Lacerda Machado actuou, a vice-presidente democrata-cristã questionou também os custos e encargos que isso traz para Portugal e para o erário público. "Há muitos pontos que não estão esclarecidos", diz Meireles.

Por outro lado, também é preciso ver as regras de incompatibilidades e de declarações de interesses que "são básicas para quaisquer titulares de cargos políticos ou alguém que actua em nome do Estado português".

O PSD, pelo deputado Luís Leite Ramos, anunciou na segunda-feira que ia requerer o acesso ao contrato que o primeiro-ministro “assinou a contragosto” com Diogo Lacerda Machado para saber qual o papel que o “amigo pessoal” de António Costa tem representado em “negócios do Estado”.

Comentários
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  • Paulo
    12 abr, 2016 Lisboa 20:31
    O homem agora passoua ganhar 2 mil euros por mês pronto era gratis já não é.
  • artur Banderas
    12 abr, 2016 Lisboa 15:21
    O BE finalmente tomou posição.Fosse outro o governo e já havia pedido de demissões... Sempre a surpreender-nos o BE e ao que saiba o PCP nem se ouviu um pio... O Costa colocou o amigo Advogado que teve interesses na compra da VEM pela TAP, sendo que a GeoCapital era e é dominada pelo amigo especial do 1º Ministro. A Lei geral dos contratos de trabalho e afins na função pública aprovado pela Lei 35/ 14, de 20 de Junho alterada pela Lei 84/ 2015, de 7 de Agosto, tem regras para a contratação deste tipo de serviços agravadas pela Leio do Orçamento( Artigo 35º e segs da Lei 7 A/ 2016, de 30 de Março) faz depender o recurso a esta modalidade de prestação de serviços ainda a mais ditames que, neste caso, não foram respeitados pelo Gabinete do 1º Ministro. Onde anda a transparência quando se trata de contratar os amigos para negociatas onde esta empresa Geocapital tem como Administrador o Lacerda Machado? O Costa trata a questão de assuntos de Estado como se Portugal fosse uma chafarica e ficou confirmado que somos mesmo uma chafarica do pior onde o amiguismo está instalado.Seria bom conhecer qual o objecto do mandato, seu alcance e valores envolvidos para este governo ao menos parecer decente...
  • Americo
    12 abr, 2016 Leiria 15:20
    Pois. Almoços grátis ? Só com amigos como o Santos Silva. Já agora, este sr. não é advogado do sr de Macau?

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