23 mar, 2016 - 14:24 • Filomena Barros , Olímpia Mairos
No espaço de hoje da Euranet, falamos de viticultura e biodiversidade. A União Europeia está a financiar um projecto que conta com a participação da QUERCUS e da ADVID – a Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense. Um projecto que fomos conhecer.
A associação ambientalista e a ADVID vão trabalhar em conjunto com parceiros da Alemanha e da Turquia, numa parceria que pretende ajudar os agricultores a adquirem conhecimento de métodos e práticas para a integração da biodiversidade nos seus hábitos de trabalho e no seu negócio. Com mais de três décadas de vida, a ADVID já tem trabalho feito nesta matéria. Está neste momento envolvida em vários projectos e a repórter Olimpia Mairos foi conhecê-la.
Trata-se de uma associação privada, fundada em 1982, que visa dar conhecimentos técnicos aos produtores da região, para redução de custos de produção. Foi evoluindo e, em 1997, começou a ajudar as empresas agro-ambientais. Neste momento, segundo a responsável Cristina Carlos, está envolvido em vários projectos de investigação. Faz a “ponte” entre o sector científico e o profissional, com vista a uma agricultura mais biológica e sustentável.
“O futuro da nossa vitivinicultura passa pela biodiversidade”, afirma a responsável da ADVID, que diz que o homem tem conseguido respeitar a paisagem. No Douro “temos uma vinha mas, à volta, há matos mediterrânicos, olivais, citrinos e por aí fora”, recorda.
Um passo em frente no sector
Para a associação ambientalista Quercus, este projecto é uma forma de dar um passo em frente no sector da viticultura. Paula Lopes da Silva, a coordenadora desta iniciativa na associação ambientalista, entrevistada por Filomena Barros, explica que a ADVID tem sido um parceiro “extremamente competente” para se trabalhar na área das empresas de vinha e vinho.
O Global Nature Found é um projecto alemão que tem tido ligações a Portugal e que tem participado também no projecto europeu para a protecção da biodiversidade na viticultura, um projecto financiado pelo Programa ERAMUS +, com fundos da União Europeia. A cooperação tem sido muita e tem dado frutos, segundo a Quercus.
“O programa começou em Setembro de 2015 e vai até Agosto de 2018 e vamos conhecer as experiências dos países ‘in loco’. Já estivemos na Alemanha a conhecer algumas vinhas e processos de promoção da biodiversidade. Haverá, depois, visitas deles cá e ainda vamos à Turquia e Espanha”, explica Paula Lopes da Silva.
A Quercus recebe cerca de 35 mil euros de Bruxelas. São fundos que são fundamentais para a associação ambientalista que já tem “muita experiência a gerir fundos europeus”, afirma a responsável.