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Associação "Peço a Palavra" acredita na reversão total da privatização da TAP

08 fev, 2016 - 11:46 • Sandra Afonso

Governo assinou, no sábado, um acordo que recupera metade do capital da transportadora, mas, segundo a associação, há muitas perguntas ainda sem resposta.

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A Associação "Peço a Palavra", que se preparava para lançar, esta segunda-feira, uma petição contra a privatização da TAP, deixou cair a iniciativa e manifesta a convicção de que o Estado ainda vai conseguir recuperar a totalidade do capital da transportadora.

O vice-presidente da associação ,Bruno Fialho, diz à Renascença ter “a plena convicção de que este negócio ainda será revertido a 100%”.

“Não nos esqueçamos que David Neeleman era quem tinha o controlo efectivo e, neste momento, é sócio de um consórcio que detém 45% da TAP. Não tem o poder decisório que tinha há dois meses. Não há condições para ele continuar na TAP e será ele próprio que se irá afastar, devolvendo ao Estado 100% do capital”, prevê Bruno Fialho.

O Governo assinou no sábado um acordo com o consórcio Gateway em que recuperou metade do capital da TAP. Os trabalhadores mantêm o direito a 5% e os sócios Humberto Pedrosa e David Neeleman detém 45% do capital.

Com este acordo, a Associação Peço a Palavra deixou cair a petição, mas diz que não vai ficar por aqui porque há ainda várias perguntas sem resposta. “Se a data do fecho do acordo é apenas no dia 30 de Abril, o actual sócio maioritário da Atlântico Gateway fica com as mãos livres para continuar a tomar decisões estratégicas que vão contra o interesse da companhia e do país, como tem vindo a tomar?”, questiona Bruno Fialho. “O que acontece à cedência da posição dos A350, que valores foram pagos e a quem é que foram pagos?”, interroga.

O vice-presidente da Peço a Palavra questiona também as decisões na base do contrato de code-share para os voos entre o Brasil e Lisboa, que, defende, “apenas veio beneficiar a companhia aérea Azul”, que pertence a Neeleman, tal como a decisão da suspensão das quatro rotas europeias concedidas ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, que “ iria prejudicar gravemente o Norte do país”.

A Associação Peço a Palavra já pediu uma audiência com o ministro do Planeamento, Pedro Marques, para discutir estas matérias.

Comentários
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  • Seixal
    08 fev, 2016 Seixal 14:18
    Sr.António, as empresas publicas, as regalias dos fp e outras ppp, fazem parte de uma estratégia para aumentar custos ao estado e acabar com a saúde, a educação e a justiça no sector publico.
  • andre
    08 fev, 2016 vila pouca de aguiar 13:59
    Claro, para uma cambada tanto faz como fez ter TAP ou tapinha..... e lá vamos cantando e rindo com o Zé Tuga a pagar a rebaldaria sindicalista comuna! De pé oh vítimas da fome!
  • antonio
    08 fev, 2016 almada 12:23
    as empresas privadas e seus trabalhadores já pagam tantos impostos q mais dia menos dia lhes vai acontecer o mesmo q aconteceu ao burro do cigano. depois d já estar desabituado de comer e beber e sempre a trabalhar, acabou por morrer. depois p sustentar os ordenados milionários dos pilotos/comandantes, etc, etc e dos funcionários da RTP e gestores públicos q s aumentaram 300%, médicos, juízes e deputados, quero ver onde s vai buscar dinheiro p manter estas mordomias todas. Provavelmente estarão a pensar reinvindicar dinheiro vindo dos impostos da Inglaterra, Alemanha e outros países ricos da CEE!

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