02 dez, 2015 - 12:50
O Papa considera “uma vergonha” que riqueza e miséria continuem a conviver em tantos locais, sem que se acabe de vez com a pobreza no mundo.
Francisco falava na audiência-geral desta quarta-feira, no Vaticano, onde recordou a recente viagem que fez a África, e deu como exemplo precisamente o que encontrou em Nairobi, uma das paragens da visita.
“Em Nairobi, a maior cidade da Africa Oriental, convivem riqueza e miséria, mas isto é um escândalo. Em todo o lado, não só em África, mas aqui também, a convivência entre riqueza e miséria é um escândalo, é uma vergonha para a humanidade”, afirmou.
O Papa referiu-se a cada uma das etapas da viagem, que o levou ainda ao Uganda e à República Centro-Africana, salientando mesmo que este foi o primeiro país que quis visitar e foi por isso que ali quis abrir a primeira Porta Santa do Jubileu da Misericórdia.
“Esta visita era na realidade a primeira que tencionava fazer, porque este país está a tentar sair de um período muito difícil, de conflitos violentos e de tanto sofrimento para a população. Por isso quis abrir lá, em Bangui, com uma semana de antecipação, a primeira porta santa do Jubileu da Misericórdia, num país que sofre tanto. E isto como sinal de fé e esperança para aquele povo e para todos os povos africanos”
Em entrevista à revista oficial do Jubileu, divulgada esta quarta-feira pelo Vaticano, Francisco diz esperar que o novo Ano Santo provoque uma “revolução da ternura” aos mais diversos níveis.
O Papa promete ter um “gesto” simbólico durante cada mês do Jubileu, que abrirá oficialmente na próxima semana, dia 8 de Dezembro.