21 set, 2015 - 19:17
O plafonamento das pensões proposto por PSD e CDS representa uma perda de receita anual de 538 milhões de euros na Segurança Social, segundo as contas da Plataforma Livre – Tempo de Avançar.
O movimento que concorre às legislativas de 4 de Outubro tendo como premissa que fiquem parcialmente isentos de descontos 100 mil trabalhadores que ganhem três mil euros mensais e que tenham o tecto de descontos nos dois mil euros de rendimento.
Ana Drago, da Plataforma Livre - Tempo de Avançar e número dois por Lisboa, concluiu que as contas apresentadas pela coligação PSD/CDS “não batem certo”.
“Há uns tempos, numa reunião reservada a militantes do CDS, o ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, apresentou qual seria o valor do plafonamento que era estimado pela coligação: 538 milhões de euros”, explica Ana Drago.
“Ora, para um plafonamento acima dos 2.700 euros atingir os 538 milhões de euros, então, aquilo que a coligação diz no seu programa eleitoral que isto só vale para as novas gerações, para os novos contratos, é mentira. A não ser que Pedro Passos Coelho acredite no Pai Natal e que é possível, no próximo ano, criar 400 mil postos de trabalho, com salários na ordem dos 3.000 euros”, argumenta a candidata do Livre – Tempo de Avançar, movimento que esta segunda-feira andou em campanha por Aveiro.
O presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, remeteu esta segunda-feira para a concertação social a forma de reduzir 600 milhões de euros na Segurança Social, bem como a definição de um valor a partir do qual propõe um tecto para as pensões.
O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou que o primeiro-ministro pretende uma revisão constitucional para cortar 600 milhões de euros no sistema de pensões, mas insistiu que os socialistas estão totalmente indisponíveis para esse acordo.