27 fev, 2023 - 22:09 • Redação
O videoárbitro (VAR) Bola Branca, Paulo Pereira, atribui Nota 5 a Manuel Mota, pelo trabalho no Sporting 2-0 Estoril, da jornada 22 do campeonato.
Na opinião do especialista, o árbitro e o videoárbitro (Hugo Miguel) da partida acertaram nas cinco quatro decisões de possível grande penalidade: três para o Sporting e um para o Estoril.
"Aos 25 minutos, Paulinho fica a reclamar uma falta numa disputa de bola. Ao cair, Tiago Santos atinge Paulinho com o braço, mas é Paulinho que, percebendo qual era a trajetória de Tiago Santos, coloca-se à frente dele e provoca o desequilíbrio. Devia ser assinalada falta a Paulinho, a falta foi dele, pois foi ele que provocou a queda aparatosa de Tiago Santos", explica.
Aos 29 minutos, Marcus Edwards choca com Geraldes, mas "não há infração de qualquer um dos dois jogadores".
Ao minuto 35, "Edwards volta a cair numa disputa de bola, mas o defensor foi mais forte e não há nada".
"Aos 37 minutos, o choque entre o Adán e o Cassiano foi forte, mas a única coisa que aconteceu foi uma defesa do Adán", esclarece Paulo Pereira.
O antigo árbitro chama, ainda, atenção para duas ocasiões em que o árbitro chocou com um jogador do Estoril, aos oito e 56 minutos. Em ambas, decidiu assinalar bola ao solo. É contra as leis do jogo, mas foi uma ação de "bom senso fora do comum", segundo o VAR Bola Branca.
"Gamboa, quando ia disputar a bola, chocou com Manuel Mota e ficou impedido de jogar, pelo que a bola ia parar ao Sporting, mas o árbitro interrompeu o jogo. Pelas regras, está impedido de o fazer, pois só os contactos do árbitro com a bola podem interromper o jogo, mas foi bom senso, porque seria uma situação injusta para o Estoril, já que Gamboa ia jogar a bola, tinha a trajetória controlada e, por causa daquele choque, a bola foi parar ao Sporting. (...) Aos 56 minutos, mais uma vez atrapalhou o jogo, mas manteve o critério, interrompeu e assinalou bola ao solo", elogia.
Só faltou mesmo um cartão amarelo para Youssef Chermiti, do Sporting, por atingir a cara de Gamboa, ainda fora da área dos leões. Foi a única mancha numa atuação "muito boa" de Manuel Mota.
"Quinze faltas assinaladas, zero cartões. Este resultado é muito mérito dos jogadores mas também de Manuel Mota, que teve uma arbitragem muito serena e muito segura. Hugo Miguel nada fez no VAR, mas às vezes nada fazer é o melhor remédio", enaltece Paulo Pereira.