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Rússia ataca alvos militares na Ucrânia no último dia do ano

01 jan, 2023 - 15:10 • Lusa com Redação

Ucrânia garante que 12 dos 20 mísseis disparados foram intercetados. Ataques no dia da passagem de ano causaram três mortos e 50 feridos.

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A Rússia lançou ataques militares contra a Ucrânia no último dia do ano com alvo as instalações do complexo militar industrial do país vizinho e armazéns de drones de assalto.

Há pelo menos três mortos registados, duas em Kiev e uma na região sul de Kherson. Cerca de 50 pessoas ficaram feridas. 12 dos 20 mísseis disparados pela Rússia foram intercetados, segundo garantiu Zelensky e também Valery Zulazhny, chefe do estado-maior ucraniano.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou que os ataques realizados tinham como alvo as instalações do complexo militar industrial do país vizinho e armazéns de drones de assalto.

"Em 31 de dezembro, as Forças Armadas russas atacaram com armas de longo alcance e de longa precisão alvos aéreos do complexo industrial militar ucraniano envolvido na produção de drones de assalto utilizados para levar a cabo ataques terroristas contra a Federação Russa", afirmaram os militares, citados pela EFE.

De acordo com o porta-voz da Defesa, Igor Konashenkov, os mísseis "atingiram armazéns e sistemas de lançamento de drone de assalto", pelo que "o objetivo do ataque foi alcançado".

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, fez o seu discurso diário em russo na noite de passagem de ano e afirmou que a Rússia está "a seguir o diabo" para garantir que Vladimir Putin fica no poder "até ao fim dos seus dias".

"Ninguém vos perdoará pelo terror. Ninguém no mundo vos perdoará. A Ucrânia não perdoará. Não estão em guerra com a NATO, como mentem os vossos propagandistas. Não é por algo histórico, é só para uma pessoa ficar no poder até ao fim da sua vida. O que vos acontece depois não o preocupa. O vosso líder está escondido atrás das tropas e dos mísseis", disse.

A ofensiva militar russa na Ucrânia foi lançada em 24 de fevereiro e foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

De acordo com a ONU, a invasão e consequente guerra já causaram a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, dos quais mais de metade para outros países europeus, sendo que há quase 18 milhões de ucranianos a precisar de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de apoio para comer e ter alojamento.

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