15 jul, 2019 - 22:32 • Redação
A aplicação FaceApp, que mostra como será o utilizador na terceira idade através de filtros especiais, é uma das mais populares do momento, mas especialistas alertam para problemas de privacidade e recolha excessiva de dados.
A FaceApp surgiu em 2017 e tornou-se viral recentemente, com várias figuras públicas a partilharem a sua imagem envelhecida. Por dia, estão a ser realizados 700 mil downloads nas lojas online.
A aplicação, da empresa russa Wireless Lab, está a recolher fotografias e dados de centenas de milhares de pessoas, nomeadamente o histórico de navegação do “browser”.
A informação, que pode ser partilhada com outros “parceiros” da empresa, é obtida com a autorização dos próprios utilizadores que aceitam – na maioria das vezes sem ler - os termos e condições quando descarregam o programa.
O presidente da Australian Privacy Foundation, David Vaile, deixa um conselho: "não usem" a aplicação FaceApp.
"Eles pedem muito mais direitos do que aqueles que precisam para oferecer o serviço, podem retirar os dados de qualquer regime de proteção legal eficaz, partilhá-los com praticamente qualquer pessoa e ficar com eles indefinidamente", argumenta David Vaile em declarações ao jornal “ABC News.
"A licença é tão frouxa. Eles podem alegar que tu concordaste que eles podem enviar os dados para quem quiserem ou quando quiserem”, alerta.
Citado pelo menos jornal, o advogado Michael Bradley desdramatiza e afirma que a FaceApp não representa um perigo extra em relação a outras aplicações, em que os utilizadores já partilham fotografias e outras informações.