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Mette Frederiksen torna-se a mais jovem chefe de Governo da história da Dinamarca

26 jun, 2019 - 18:23 • Redação

Depois de 20 dias de negociações com três partidos de esquerda, líder do Partido Social Democrata anuncia coligação.

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Aos 41 anos, Mette Frederiksen, líder do Partido Social Democrata (centro-esquerda) da Dinamarca, vai tornar-se a mais jovem primeira-ministra do país.

Na terça-feira à noite, depois de três longas semanas de negociações, a jovem política anunciou que chegou a acordo com três partidos de esquerda para formar um Governo minoritário, à semelhança do atual executivo português.

"É com grande prazer que anunciou que temos maioria para formar um novo Governo", declarou ontem à noite. "Agora que alcançámos o nosso objetivo, mostrámos que, quando os dinamarqueses votam como votaram, uma nova maioria pode transformar esperanças em ações."

De acordo com o britânico "Guardian", a nova chefe do executivo prepara-se para anunciar, como primeiras medidas do seu Governo, um reforço do investimento público e a promessa de cortar em 70% as emissões de gases com efeito de estufa até 2030.

A imprensa local aponta, por seu lado, que Frederiksen terá sido obrigada a ceder numa série de pontos controversos sobre imigração para conseguir fechar acordo com os parceiros e assim formar o terceiro Governo de centro-esquerda surgido na região nórdica este ano.

Em causa está o facto de o seu partido apoiar uma série de medidas restritivas aplicadas pelo anterior Governo, entre elas a proibição do uso de burqas e niqabs (véu islâmico) em público, e ter proposto que requerentes de asilo sejam enviados para centros especiais fora da Europa.

Os partidos de esquerda com quem negociou nas últimas semanas são contra essas medidas, defendidas por Frederiksen sob o argumento de que são necessárias para proteger o sistema de segurança social do país,

Sem surpresas, o Partido Social Democrata venceu as eleições legislativas de 5 de junho com 25,9% dos votos, falhando em alcançar uma maioria confortável para governar sozinho. As negociações iniciadas nessa altura com os Socialistas Liberais, com o Partido Socialista e com a Aliança Verde-Vermelho, duraram 20 dias, o que faz delas as mais longas no contexto dinamarquês desde 1988.

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