17 jun, 2019 - 15:15 • Redação
O Equador vai permitir que a Força Aérea dos Estados Unidos da América utilize o aeroporto das Galápagos para operações de combate ao tráfico de droga.
A notícia foi confirmada pelo ministro da Defesa, Oswaldo Jarrin, e veiculada pela BBC.
Segundo Jarrin o acordo prevê que sejam os EUA a financiar as obras de expansão do aeroporto de San Cristobal, mas a oposição, bem como o ex-Presidente Rafael Correa, exigem mais esclarecimentos e não se conformam.
Em causa está não só a biodiversidade do arquipélago que foi tornado famoso por Charles Darwin, que desenvolveu lá a investigação que conduziu ao livro “A Origem das Espécies”, em que o cientista descreve a sua teoria da evolução.
As Galápagos ainda são procuradas por milhares de turistas todos os anos por causa dos seus cenários paradisíacos e diversidade de fauna e flora, e não se sabe até que ponto a utilização do espaço aéreo por aviões militares as poderá afetar.
Existe também uma preocupação legal, uma vez que a Constituição do país define o Equador como um “território de paz” e estipula que não será permitida a instalação de bases militares estrangeiras.
O ex-Presidente Correa revoltou-se e escreveu no Twitter que a ilha “não é um porta-aviões” para os americanos.
Jarrin já tentou apaziguar os seus críticos, dizendo que nenhum espaço será cedido em permanência e reafirmando a preocupação do Governo pela manutenção da ilha e da soberania sobre ela.
As Galápagos situam-se a certa de novecentos quilómetros da costa do Equador.