24 mai, 2019 - 21:46
Pelo menos 29 mortos e 19 feridos é o balanço provisório de um motim registado esta sexta-feira na prisão da cidade de Acarigua, na Venezuela.
De acordo com o jornal “El Nacional”, as vítimas mortais são todos reclusos e os feridos são elementos das forças de segurança.
O tumulto num centro de detenção preventiva do estado de Portuguesa, aconteceu durante a manhã, quando decorriam visitas aos reclusos.
"Houve uma tentantiva de fuga e ocorreram confrontos entre gangues rivais", disse aos jornalistas o diretor do Secretariado da Segurança Pública, Oscar Valero.
A mesma confirmou a existência de 29 mortos na sequência da intervenção das forças de segurança.
Cerca de 350 pessoas estão retidas no bloco onde o motim teve lugar, refere Oscar Valero.
As organizações de defesa dos direitos humanos questionam a versão das autoridades venezuelanas e falam num massacre.
"Como é que houve um confronto entre reclusos e a polícia e só morreram presos? Se os reclusos tinham armas, como é que essas armas entraram na cadeia?, questiona Humberto Prado, do Observatório Venezuelano das Prisões, em declarações à agência Reuters.
Os reclusos vinham exigido nos últimos dias que não fossem transferidos para prisões longe de casa, onde não poderiam receber visitas de familiares, conta Humberto Prado.
A prisão de Acarigua tem capacidade para 250 reclusos, mas quando o motim teve lugar tinha cerca de 540 presos.
[notícia atualizada às 01h15]