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Bruxelas diz que nova administração da Caixa deverá continuar plano negociado

28 nov, 2016 - 14:05

"O acordo de princípio sobre recapitalização já foi negociado em Agosto e a Comissão Europeia continuará a trabalhar com base nele", diz o comissário do euro, Valdis Dombrovskis.

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O comissário europeu para o Euro, Valdis Dombrovskis, disse, esta segunda-feira, que a nova administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) deverá dar seguimento ao acordo de princípio sobre a recapitalização do banco público.

“O acordo de princípio sobre recapitalização já foi negociado em Agosto e a Comissão Europeia continuará a trabalhar com base nele”, disse Dombrovskis, em conferência de imprensa, sublinhando ser “importante que as autoridades portuguesas e a nova gestão da Caixa Geral de Depósitos [CGD] continuem a cumprir o acordo”.

António Domingues - e seis outros administradores - demitiu-se da presidência da CGD, após cinco semanas de polémica em torno da recusa da entrega da declaração de rendimentos. Depois da questão da entrega da declaração de rendimentos seguiu-se, na semana passada, uma nova controvérsia relacionada com a eventualidade de Domingues estar na posse de informação privilegiada sobre a Caixa quando participou, como convidado, em três reuniões com a Comissão Europeia para debater a recapitalização do banco.

Em 24 de Agosto, a Comissão Europeia chegou a um acordo de princípio com o Governo português para a recapitalização da CGD.

As autoridades portuguesas irão injectar até 2,7 mil milhões de euros no capital da CGD, transferir as suas ações ParCaixa para a CGD e converter em capital 900 milhões de euros de instrumentos de capital contingente (as chamadas ‘CoCo bonds').

O acordo estipula que a CGD se compromete a angariar mil milhões de euros de capital de dívidas subordinadas.

A solução para o banco inclui uma “profunda racionalização” que permita devolver-lhe, a longo prazo, uma alta rentabilidade através de uma “significativa redução de custos, aumento de eficiência e de medidas que reduzam o risco”.

Bruxelas considera que “o plano é apoiado por novas regras de governança corporativa e uma equipa de gestão muito experiente”, que saiu agora.

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