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Telemóvel durante a condução responsável pela morte de 129 pessoas

19 abr, 2019 - 22:35 • Lusa

Os dados são da Secretaria de Estado da Proteção Civil e referem-se ao período entre janeiro e dia 18 deste mês de abril.

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Choques frontais e despistes são os principais acidentes causados pelo uso do telemóvel durante a condução. A conclusão é do secretário de Estado da Proteção Civil.

“Leva-nos a considerar que a distração com o telemóvel estará a contribuir muito para este crescimento de número de acidentes e de vítimas mortais na estrada", declarou à agência Lusa José Neves, nesta sexta-feira.

Segundo a Secretaria de Estado da Proteção Civil, este ano (até quinta-feira passada, dia 18), já morreram 129 pessoas nas estradas portuguesas – menos uma morte do que em período homólogo de 2018 – e o telemóvel ao volante tem contribuído para aumento de vítimas.

À margem de uma ação de sensibilização e fiscalização no âmbito da Operação Páscoa 2019 da GNR, que decorreu esta sexta-feira junto às portagens dos Carvalhos, no Porto, o secretário de Estado da Proteção Civil admitiu estar preocupado com o facto de a redução de vítimas mortais nas estradas portuguesas em 2019 ser muito reduzida em relação ao ano de 2018.

"Daí que a Autoridade de Segurança Rodoviária, em conjunto com outras forças de segurança, esteja a desenvolver e a intensificar as ações de sensibilização e de fiscalização com uma presença quase permanente nas estradas portuguesas, em particular em locais com vítimas mortais", declarou José Neves, referindo que esta operação visa "sensibilizar" os automobilistas, mas por outro lado visa "fiscalizar e reprimir quem prevarica".

As ações de fiscalização sobre a segurança rodoviária têm também o objetivo de penalizar quem prevarica, mas sobretudo é sensibilizar e transmitir aos portugueses como devem evitar os comportamentos de risco, designadamente o uso de telemóvel ao volante, velocidade, falta de cinto de segurança ou o uso de substâncias alcoólicas e psicotrópicas.

Trinta por cento dos condutores vítimas nas estradas têm álcool com excesso no sangue, outro "número preocupante" e que tem de ser "combatido", acrescentou José Neves.

A dificuldade em conseguir uma efetiva redução na sinistralidade tem sido sentida em toda a Europa e Portugal não foge a essa tendência, considerou José Neves, elencando que os principais fatores de comportamentos de risco nas estradas relacionam-se com o uso indevido do telemóvel ao volante, velocidade e ingestão de substâncias alcoólicas e psicotrópicas.

A Operação Páscoa 2019 da GNR registou na quinta-feira um total de 250 acidentes, dos quais resultaram 43 acidentes com vítimas e entre os feridos há cinco com gravidade, disse hoje fonte da GNR.

"A GNR entre o dia 18 e o dia 22 de abril desenvolve a Operação Páscoa. No dia de ontem [quinta-feira, dia 18], foram registados 250 acidentes, dos quais resultaram 43 acidentes com vítimas e a lamentar cinco feridos graves", disse à Lusa o capitão Alves.

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  • José Joaquim Cruz Pinto
    20 abr, 2019 Ílhavo 11:26
    Mas já perguntaram ao ACP se não será o Governo o culpado de os condutores beberem álcool demais ou usarem o telemóvel enquanto conduzem?

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