20 mar, 2019 - 15:22 • Olímpia Mairos
Vila Real é um destino cada vez mais procurado por turistas portugueses, espanhóis e franceses atraídos pelo património, gastronomia e natureza. Muitos dos que chegam procuram informações sobre o concelho junto dos agentes da PSP ou na própria esquadra, que fica localizada no centro da cidade.
"Os agentes são os primeiros a terem contacto com os turistas, porque eles confiam na polícia", explica à Renascença o comissário João Martins.
Partindo desta realidade, e com o objetivo de “potenciar o conhecimento dos agentes” para serem “uma fonte de informação para os turistas”, foram realizadas várias ações de formação e sensibilização em que participaram 40 agentes da PSP, de forma a tornarem-se uma espécie de "guias turísticos" em Vila Real.
“Os agentes aceitaram e mostraram-se bastante empenhados neste tipo de formação", diz o comissário da PSP. "São agentes que conhecem o terreno, que sentem as dificuldades e aproveitamos para estabelecer, aqui, algumas sinergias com o município.”
Os polícias foram sensibilizados para as várias atrações turísticas de Vila Real, com destaque para o património da cidade. E sabem agora, por exemplo, que existem várias igrejas, a Sé Catedral, os museus, a estátua de Carvalho Araújo, o santuário de Panóias, a Casa de Mateus, a Torre de Quintela ou o jardim botânico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) para sugerir a quem visita Vila Real.
No âmbito desta parceria entre a Câmara de Vila Real e a PSP é disponibilizado um mapa da cidade, onde estão assinalados os pontos turísticos, e que contém também contactos e conselhos de segurança para os visitantes. Os conselhos estão escritos em português, inglês, francês e espanhol e o mapa é para ser fornecido pelos polícias aos turistas.
Depois desta formação sobre as atrações turísticas de Vila Real, a PSP e a câmara querem avançar com formação em inglês para os agentes.
O vereador do pelouro do turismo da Câmara de Vila Real, José Maria Magalhães, adianta à Renascença que todas as iniciativas estão inseridas “numa estratégia mais global para promover o turismo”. E a autarquia acaba de disponibilizar três novos roteiros que guiam os turistas pelo património cultural e religioso, pela natureza, lazer, gastronomia e vinhos.
“Estamos a procurar ter instrumentos de visitação real e virtual, de forma a que os turistas que nos visitam sintam que aqui há alguém que se preocupa com eles e está disponível para os receber e para lhes transformar a estada o mais agradável possível”, explicita José Maria Magalhães.
A maioria dos turistas que visita a cidade de Vila Real, que quer ser porta de entrada para o Douro, tem idades compreendidas entre os 40 e 60 anos e viaja acompanhada pelos filhos.
O vereador responsável pelo setor do turismo esclarece que a área privilegiada é o turismo de natureza, destacando como indicador “o triplicar de dormidas no parque de campismo e as outras unidades sempre cheias”.
Vila Real quer afirmar-se como destino de biodiversidade, apostar no Parque Natural do Alvão (PNA), nos percursos pedestres e no jardim Botânico da UTAD, na gastronomia típica como as tripas aos molhos, os covilhetes e os pitos.
Contudo, segundo o vereador, Vila Real está também a marcar pontos em termos de turismo religioso, sobretudo na época da Páscoa, período em que promove o evento Via Dolorosa, uma iniciativa que recupera a tradição dos Autos da Paixão e que percorre as ruas do centro histórico da cidade, com a dramatização de 16 quadros em espaços do património cultural e religioso, como a Sé Catedral, Museu da Vila Velha, Largo da Capela Nova, entre outros locais emblemáticos do centro histórico da cidade, terminando junto às cruzes da Igreja do Calvário.