18 mar, 2019 - 20:49 • Eunice Lourenço
Adolfo Mesquita Nunes, ex-secretário de Estado do Turismo e a estrela do último congresso do CDS, deixou a vice-presidência do partido.
A demissão do cargo foi apresentada na sequência da aceitação por Mesquita Nunes do cargo de administrador não-executivo da Galp, mas a Renascença confirmou junto de fontes do CDS que esta demissão do cargo dirigente não implica que deixe as funções que vinha a desempenhar no partido, nomeadamente a coordenação da equipa que irá fazer a proposta de programa eleitoral.
Na sua carta de demissão, divulgada pelo “Expresso”, Adolfo Mesquita Nunes justifica a decisão com a sua opção pela vida profissional. Já em 2016, escreve, “tinha tomado a opção, que aliás anunciei publicamente, de voltar para a minha vida profissional e de a ela me dedicar prioritariamente”.
“Gosto de pensar políticas públicas e gosto de contribuir para um país com mais liberdade, mas o exercício diário e profissional da política, sobretudo num tempo de sobre-exposição, afasta-se do quotidiano que perspetivo para a minha vida”, justifica Adolfo Mesquita Nunes, que é sócio uma firma de advogados – a Gama e Glória – com João Taborda da Gama.
Agora, além da firma, o ex-governante e ex-deputado aceitou ser administrador não-executivo da Galp, o que motivou de imediato críticas por parte de comentadores e opinadores à esquerda e à direita. Mas foram sobretudo as críticas de comentadores de direita que o levaram a apressar esta demissão de forma a limitar os danos para o CDS.
No congresso do CDS de há um ano, Adolfo Mesquita Nunes ficou responsável por coordenador o grupo Portugal que futuro, que deve fazer uma proposta de programa eleitoral aos órgãos do partido. Por isso, irá continuar a ser presença em reuniões de órgãos partidários, como o Conselho Nacional. Vai também manter o lugar de vereador na Câmara da Covilhã, onde foi candidato pelo CDS.
Além de Mesquita Nunes, que agora deixa o cargo, o CDS tem mais dois vice-presidentes: Nuno Melo e Cecília Meireles. O líder parlamentar, Nuno Magalhães, é também vice-presidente do partido por inerência de funções.