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​Poiares Maduro em último na lista do PSD às europeias. Carlos Coelho com eleição em dúvida

13 mar, 2019 - 21:26 • Paula Caeiro Varela e Eunice Lourenço, com Lusa

Lista do PSD às eleições europeias tem mais mulheres que homens. Açores ficam de fora.

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O ex-ministro Miguel Poiares Maduro é o último nome da lista do PSD para as eleições europeias. A lista, que será votada esta quarta-feira pelo Conselho Nacional do partido, é paritária e pode representar o fim da presença de Carlos Coelho no Parlamento Europeu, já que o eurodeputado é o sétimo da lista. Atualmente, o PSD tem seis eleitos.

Como já se sabia a lista será liderada por Paulo Rangel e tem como número dois Lídia Pereira, presidente da juventude do Partido Popular Europeu (PPE). Em terceiro lugar vai José Manuel Fernandes, eleito em 2009 pela primeira vez para o Parlamento Europeu.

Em quarto lugar vai a ex-ministra da Ciência Graça Carvalho, que regressa, assim, a um lugar no Parlamento Europeu, onde esteve entre 2009 e 2014.

Para o quinto lugar vai Álvaro Amaro, presidente da Câmara da Guarda e dos Autarcas sociais-democratas (ASD). E em sexto segue a eurodeputada Cláudia Aguiar, indicada pelo PSD-Madeira.

Estes são os nomes que terão mais hipóteses de entrarem para o Parlamento Europeu que será eleito a 26 de maio.

De fora, pode ficar o mais antigo eurodeputado do PSD, Carlos Coelho, eleito pela primeira vez em 1994 e com lugar “cativo” desde 1999. Foram 20 anos de trabalho deste ex-líder da JSD que têm sido elogiados até por colegas de outras bancadas.

Para as eleições deste ano, o nome de Carlos Coelho foi indicado pela distrital de Lisboa e não foi uma escolha da direção do partido, ficando numa “zona cinzenta” de eventual eleição. Há cinco anos, o PSD concorreu em coligação com CDS, tendo seis eurodeputados e o CDS um (Nuno Melo).

No lugar seguinte a Carlos Coelho e, portanto, ainda com mais difícil eleição entra a jurista Ana Miguel dos Santos, especialista em questões de segurança e atualmente a viver em Cambridge.

Esse era o lugar que deveria ter sido ocupado pelo nome indicado pelo PSD-Açores, mas que foi rejeitado porque Mota Amaral não aceitava ir num lugar em princípio não elegível. E os Açores acabaram por não indicar nenhum nome.

Atitude bem diferente teve Miguel Poiares Maduro que vai em último lugar – 21º - um lugar simbólico para dar um “sinal de apoio” à liderança de Rui Rio.

Ao todo a lista de 21 efetivos e oito suplentes integrará 15 mulheres e 14 homens, o que foi destacado por Rui Rio em declarações aos jornalistas, no final da Comissão Política, que decorreu em Coimbra, e que antecedeu o Conselho Nacional.

Rui Rio defendeu que a lista apresentada garante "a representatividade do país", já que José Manuel Fernandes representa a região norte, Álvaro Amaro a região centro e Graça Carvalho, natural de Beja, a região sul.

Quanto à polémica sobre a exclusão de Mota Amaral, indicado pelos Açores, Rui Rio reiterou o que já tinha sido explicado pelo secretário-geral, José Silvano, dizendo tratar-se de "um princípio".

"Aquilo que a Comissão Política Nacional entendeu é que nós temos de garantir sempre que haja um deputado que represente as regiões autónomas ou ultraperiféricas", defendeu, sublinhando que, este ano, caberá à Madeira assegurar a representação de ambos os arquipélagos.

Aos Açores, acrescentou, foi oferecido o oitavo lugar, que o PSD regional rejeitou.

"Não está em causa de forma nenhuma o doutor João Bosco Mota Amaral, pessoa por quem toda a gente no PSD tem o máximo respeito, mas é uma questão de princípio", defendeu.

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