09 mar, 2019 - 19:18 • Paula Caeiro Varela
Sai de Angola já com saudades, mas promete que não é um adeus – só um até breve.
"E agora a mensagem a dizer é muito simples: é até logo. Até logo ou até à próxima. Não se trata de partir para não voltar, mas de partir para voltar o mais brevemente possível", garantiu o Presidente da República este sábado.
O último dia da visita a Angola coincide com a celebração dos três anos de mandato de Marcelo Rebelo de Sousa. Mas, apesar da insistência, a recandidatura continua a ser um jogo de avanços e recuos, e quanto a dar conselhos a João Lourenço – como lhe pediram os jornalistas angolanos, nem pensar.
"Deixe-me meditar acerca da minha decisão, que o Presidente João Lourenço tem muito tempo para meditar sobre a sua decisão. E depois os crentes dirão: 'será que a providência divina fez coincidir decisões?'. Os não crentes dirão: 'olha como o fado ou o destino proporcionou que o reencontro acabou por ter uma longa vida através de mais do que um mandato'”, respondeu.
Faltam dois anos para acabar o mandato, mas o Presidente, católico confesso, diz que o futuro a Deus pertence e não antecipa os principais desafios. “Vou pensar nisso agora no caminho”.
“Porque, sabe, eu tenho para mim o seguinte: os princípios estão cá, eu afirmei-os. Agora, depois há muita realidade que é imprevisível. Aquilo que pode ser a intervenção do Presidente varia em função das circunstâncias”, continuou, em resposta às perguntas dos jornalistas.
Marcelo Rebelo de Sousa esteve quase cinco dias em Angola, quatro dos quais de visita oficial (o primeiro foi para festejar o aniversário de João Lourenço). Os afetos presidenciais a espraiaram-se em Angola e, para acabar, duas horas de “selfies” na Escola Portuguesa de Luanda.
Por todo o lado por onde passou, a receção foi sempre calorosa.