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Greve de fome. "Não anunciei que vinha suicidar-me à porta do senhor Presidente"

21 fev, 2019 - 14:00 • André Rodrigues

O presidente do Sindepor diz que a greve de fome é "um ato de resistência" que vai levar "até que seja possível".

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O presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros (Sindepor), Carlos Ramalho, promete fazer greve de fome "até quando for necessário".

Ramalho iniciou uma greve de fome à porta do Palácio de Belém para protestar contra a ameaça de processos disciplinares aos enfermeiros que violem o parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) que considera ilegal a greve nos blocos cirúrgicos.

Em declarações à Renascença, o líder do Sindepor promete resistir até ao limite das suas capacidades, "mas sempre com o objetivo de levar o Governo a sentar-se à mesa das negociações".

"Eu não anunciei que vinha suicidar-me à porta do senhor Presidente da República. Daí que a minha greve de fome seja um ato de resistência que vou levar até que isso me seja possível", declara.

Desde que começou o protesto, Carlos Ramalho diz ter recebido "inúmeros testemunhos de solidariedade de colegas, tanto através de mensagens como até de muitos colegas que marcaram presença aqui durante a noite e foram trabalhar esta manhã".

Médicos do Presidente prontos para ajudar

A greve de fome de Carlos Ramalho é acompanhada de perto pelos médicos da Presidência da República, gesto que o grevista agradece.

"Felizmente, não necessito de cuidados médicos", garante o presidente do Sindepor.

"Só me sinto cansado. Mas muito determinado".

Comentários
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  • Serafim
    21 fev, 2019 lisboa 16:38
    Não tem com certeza a solidariedade dos contribuintes q são quem paga a esta gente para trabalhar mas respeitando o PIB nacional.Qem está descontente e qer super regalias q faça as malas pois estamos fartos de impostos para colmatar a não produtividade deste pobre Pais q em tudo está na cauda da europa.
  • Cidadao
    21 fev, 2019 Lisboa 15:37
    Deixe-se disso homem. Lance a Greve de zelo. Nada de trabalharem depois da hora, nem estarem nas tais operações extra que dizem dão dinheiro grosso aos Hospitais mas a vocês, nem um tostão. Veja o caso dos professores que têm uma greve ao trabalho extraordinário, ou seja, só cumprem o que está no horário e reuniões ou trabalhos que lá não vêem... eles não fazem. O ministério também veio com a conversa das faltas injustificadas mas recuou logo após primeiros processos perdidos em Tribunal. Têm tantas maneiras de fintar a ministra que até chateia e não se percebe como alinham em infantilidades inofensivas como marchas, vigilias e greves de fome. Seja esperto e deixe-se de show off. A não ser que a ideia seja autopromover-se, claro.

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