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Presidente da ADSE. Há "largas centenas" de pedidos de novas convenções

14 fev, 2019 - 14:00 • Lusa

Em entrevista à agência Lusa, Sofia Portela diz que a ADSE não tem tido pedidos de desistência ou renúncia por parte de beneficiários e que as notícias desta semana possam causar inquietação e ansiedade.

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A presidente da ADSE, Sofia Portela, afirma que tem em análise “largas centenas” de pedidos de novas convenções, mas indica que estão a ser feitos “todos os esforços” para resolver as questões com os privados que ameaçam abandonar o sistema.

Em entrevista à agência Lusa, Sofia Portela lembra que todos os prestadores são importantes para os beneficiários da ADSE e que está “em diálogo permanente” com os prestadores de cuidados, esperando ter “sucesso nesse diálogo”.

A presidente da ADSE indica que as notícias sobre grupos privados que podem suspender convenções com o subsistema dos funcionários públicos geram ansiedade nos beneficiários.

“Geram ansiedade, sobretudo em quem tem tratamentos em curso. Gostava de dar uma palavra de tranquilidade. Os serviços de saúde e o seu acesso está completamente assegurado e podem aceder como sempre fizeram aos prestadores. A ADSE está a desenvolver todos os esforços para que não haja quebras de acesso”, afirmou à Lusa.

Até ao momento, a ADSE não tem tido pedidos de desistência ou renúncia por parte de beneficiários, embora a responsável entenda que as notícias desta semana possam causar inquietação e ansiedade.

Sublinhando que a ADSE está a trabalhar para “encontrar formas que satisfaçam todos os interessados neste processo”, Sofia Portela indica que o subsistema “está constantemente a receber pedidos para novas convenções nas mais diversas áreas”.

Neste momento, a ADSE tem para avaliar “largas centenas” de pedidos de convenções com novos prestadores de cuidados, que poderiam juntar-se aos cerca de 1.600 prestadores que atualmente já têm regime de convenção e que prestam assistência ou cuidados aos beneficiários do subsistema público.

“A ADSE tem uma rede alargada de prestadores de cuidados de saúde e todos são bastante importantes para a ADSE e para os beneficiários”, frisa Sofia Portela.

A responsável indicou já que até ao momento hospitais privados ainda não formalizaram qualquer cancelamento de convenções com a ADSE.

A presidente adianta que a ADSE está a trabalhar para estabelecer uma tabela de preço fixo para os casos em que atualmente os prestadores ainda têm preços abertos e que são depois sujeitos a regularização, um processo que está a ser contestado agora por alguns grupos privados.

A regularização de faturas referentes a 2015 e 2016, em que a ADSE pede aos privados o pagamento de 38 milhões de euros, tem estado na base da contestação dos hospitais privados, havendo já três grandes grupos a ponderar cancelar convenções com o subsistema de saúde dos funcionários públicos.

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  • Cidadao
    14 fev, 2019 Lisboa 16:26
    Cada vez mais se percebe que tudo não passou dum bluff do grupo Mello, e companhia. Se notarem bem, quem ameaça bater com a porta, não só se apressa a falar em "tabelas de preços acessiveis aos beneficiários da ADSE que lá queiram continuar a ir", como também só apresenta meras hipóteses de saída, só para mostrar pressão. Quem são, quem são? Pois claro: são os 4 grandes prestadores a quem a ADSE está a exigir a devolução dos tais 38 Milhões. É juntar 2, mais 2, e vê-se logo que esta chantagem tem por fim, apenas causar alarme para assustar beneficiários e governo, a fim de não devolver esses 38 Milhões, e continuar o regabofe da sobrefacturação. As contas é que lhes saíram furadas: não só o governo mas quem tem 2 dedos de testa se apercebeu da jogada, como se sabe que mesmo que eles se afastassem, muitos outros tomariam o lugar deles, como os Hospitais das Misericórdias e da Cruz Vermelha que se apressaram a mostrar disponibilidades para acolher esses beneficiários, sem contar que com uma simples alteração Legislativa, também o Hospital Militar pode passar a servir os beneficiários da ADSE. Só se fossem loucos é que esses grupos se afastavam mesmo da ADSE, que significa só por ela, 1 milhão e duzentos mil clientes potenciais, com um volume de negócios nunca inferior a 20% da facturação. Isto é tudo tretas a ver se não devolvem esses 38 Milhões e aumentam o preço dos actos médicos.

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