Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Ator da série "Empire" acusado de simular ataque racista e homofóbico

21 fev, 2019 - 19:06

Terá pago a dois irmãos para o agredir para depois se vitimizar. A polícia diz que estava insatisfeito com o salário que recebia na série.

A+ / A-

Jussie Smollett, estrela da série "Empire", pagou a dois irmãos nigerianos milhares de dólares para o atacarem, tendo dito depois que se tratou de um ataque racista e homofóbico. O ator estaria descontente com o salário que recebia, disse o chefe de polícia de Chicago nesta quinta-feira.

Smollett, afroamericano e abertamente gay, foi preso na quinta-feira, acusado de mentir. O superintendente da Polícia de Chicago, Eddie Johnson, estava visivelmente irritado ao condenar as ações do ator.

“A minha preocupação é que os crimes de ódio sejam agora publicamente enfrentados com um nível de ceticismo", disse Johnson a repórteres, acrescentando que a cidade tem problemas maiores.

A polícia não explicou como é que o ator de 36 anos esperava aumentar o salário ao encenar o ataque que atribuiu a partidários do Presidente Donald Trump.

"Smollett aproveitou a dor e a raiva em relação ao racismo para promover a carreira", disse Johnson numa entrevista coletiva aos jornalistas, acrescentando que o ator pagou 3.500 dólares (3000 euros) aos irmãos para realizar o suposto crime de ódio.

"Este truque foi orquestrado por Smollett, porque estava insatisfeito com o salário. Ele inventou uma história sobre ser atacado", disse Johnson.

Se for condenado, ele pode enfrentar uma sentença de prisão de um a três anos.

Em Janeiro, Smollett disse que os dois apoiantes de Trump o atacaram e colocaram-lhe uma venda à volta do pescoço enquanto gritavam "Este é o país do MAGA", referindo-se ao slogan de Trump "Make America Great Again" (fazer a América grande outra vez).

A 20th Century Fox Television, que produz "Empire", disse em comunicado que dada a gravidade do assunto respeita a investigação. "Estamos a avaliar a situação e estamos a considerar as opções".

Um porta-voz dos advogados de Smollett, Todd Pugh e Victor Henderson, disse na quinta-feira, num email, que "quando estivermos prontos para fazer uma declaração, faremos".

A polícia entrevistou mais de 100 pessoas e analisou vídeos de mais de 55 câmaras de vigilância e executou mais de 50 mandados de busca durante a investigação.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+