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Trump pede aos militares venezuelanos que abandonem Maduro, "marioneta de Cuba"

19 fev, 2019 - 00:40 • Redação

Governo de Nicolás Maduro anunciou envio de ajuda humanitária para a cidade de Cúcuta, na Colômbia, e um concerto solidário na fronteira.

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O Presidente norte-americano, Donald Trump, aconselha os militares venezuelanos que apoiam Nicolás Maduro a desertar ou então vão sofrer as consequências.

Num discurso em Miami, perante uma plateia de imigrantes venezuelanos e cubanos, Trump apelou às Forças Armadas que deixem entrar ajuda humanitária na Venezuela e apelidou Maduro de "marioneta de Cuba".

O líder norte-americano deixou um aviso aos militares que ficaram ao lado de Maduro: “não vão encontrar nenhum porto seguro, nenhuma fuga fácil e nenhuma saída. Vão perder tudo”.

Trump reforçou o apoio ao Presidente interino, Juan Guaidó, e apela aos militares que aceitem a proposta de amnistia.

O Presidente dos Estados Unidos defende uma “transição pacífica de poder”, mas adverte o regime de Maduro que “todas as opções estão em aberto”.

Maduro organiza concerto solidário e envia ajuda

O Governo do Presidente Nicolás Maduro, anunciou esta segunda-feira que vai enviar 20 mil caixas de ajuda humanitária para a cidade de Cúcuta, na Colômbia, onde estão refugiados milhares de venezuelanos que abandonaram o país.

O anúncio foi feito pelo ministro de Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, através do canal estatal Venezuelana de Televisão (VTV).

O envio decorrerá a 22 e 23 de fevereiro, dia em que haverá também uma jornada de cuidados médicos gratuitos, na fronteira colombo-venezuelana e em que Caracas, e se realizará o concerto pela paz, "Mãos fora da Venezuela", na ponte internacional Simón Bolívar que une as localidades de Táchira (Venezuela) a Cúcuta (Colômbia.

"Vamos levar às irmãs e aos irmãos de Cúcuta mais de 20 mil caixas Clap (alimentos subsidiados) para ajudar numa situação de extrema dificuldade que vivem meninos e meninas", disse.

Jorge Rodríguez precisou ainda que a jornada médica contará com a participação de pediatras, cirurgiões, dentistas, médicos de clínica geral, obstetras e gastrenterologistas, entre outros.

Por outro lado, explicou que a realização do concerto partiu de uma proposta que o Governo do Presidente Nicolás Maduro e acolheu "uma grande quantidade de artistas venezuelanos, que solicitaram fazer um encontro cultural, um grande concerto pela paz, pela vida". No concerto, disse, participarão também artistas internacionais convidados.

O anúncio do Governo venezuelano tem lugar depois de, na semana passada, o empresário britânico Richard Branson, anunciar que a 22 de janeiro, terá lugar o concerto "Venezuela Aid Live", em Tienditas (a escassos 9 quilómetros de distância).

Com este concerto a oposição venezuelana espera recolher 100 milhões de dólares para fins de ajuda humanitária.

Entre os artistas convidados para o "Venezuela Aid Live" estão Luís Fonsi, Juanes, Ricardo Montaner, Juan Luis Guerra, Fonseca e Alejandro Sanz.

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, já reagiu ao anúncio e acusou o Governo venezuelano de estar a "troçar" dos venezuelanos.

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