10 fev, 2019 - 20:52
O primeiro-ministro húngaro anunciou este domingo medidas para promover a natalidade. Viktor Orbán diz que é preferível ajudar as famílias do que deixar entrar imigrantes muçulmanos.
Do pacote de medidas faz parte uma isenção total nos impostos sobre os rendimentos das mulheres com quatro ou mais filhos.
Um programa de empréstimos para ajudar famílias com duas ou mais crianças a comprar casa e subsídios para aquisição de viaturas são outras das medidas anunciadas.
As mulheres com menos de 40 anos que casarem pela primeira vez terão acesso a um crédito bonificado de 36 mil euros. Um terço da dívida será perdoado aquando do nascimento do segundo filho e a totalidade se a família tiver uma terceira criança.
“Em toda a Europa há cada vez menos crianças e a resposta do Ocidente a este problema é a imigração”, afirmou o primeiro-ministro húngaro, no seu discurso anual à nação.
Viktor Orbán rejeita que a entrada de migrantes seja a solução para resolver os problemas demográficos na Europa.
“Nós, os húngaros, pensamos de maneira diferente. Em vez de olharmos só para os números, queremos crianças húngaras. Migração, para nós, é rendição”, declarou.
As medidas são anunciadas em ano de eleições europeias e locais e depois de uma vaga de protestos contra o Governo de Orbán.
As manifestações começaram em dezembro, depois da aprovação de mexidas na lei laboral que penalizam os trabalhadores e beneficiam os patrões em matéria de horas extraordinárias.
A Hungria tornou-se esta semana no primeiro Estado-membro da União Europeia a ser designado "parcialmente livre" na lista de países que respeitam as liberdades democráticas, o que ressalta os efeitos das políticas do primeiro-ministro Viktor Orbán.
O relatório anual sobre "Liberdade no Mundo", compilado pela Freedom House, aponta que a erosão da democracia sob o comando de Orbán constitui "o declínio mais dramático alguma vez registado" na UE, ao passo que os restantes 27 Estados-membros da UE surgem na lista classificados como países "livres".