Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Cobras e quatis apreendidos na FIL de Lisboa

06 fev, 2019 - 00:40 • Redação

Polícia de Segurança Pública "visitou" o PET Festival, que decorreu no último fim de semana.

A+ / A-

Quatro espécies exóticas e selvagens foram apreendidas durante o PET Festival, que decorreu no fim de semana na Feira Internacional de Lisboa (FIL), avança o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis).

O Cometlis explica, em comunicado, que as apreensões decorreram no âmbito de uma ação de fiscalização conjunta com a Brigada de Proteção Ambiental às condições em que os operadores económicos estavam a comercializar e a expor espécies exóticas e selvagens.

Na sequência desta operação de fiscalização, as autoridades apreenderam uma jiboia de Madagáscar, uma pitão de diamante e duas quati (semelhante ao guaxinim) de cauda anelada.

Os répteis foram entregues ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e os dois quatis ao proprietário, com proibição de manter expostos os animais nos restantes dias da feira.

No sábado, o PAN afirmou que as condições em que os animais eram exibidos e vendidos no PET Festival violavam as disposições legais de bem-estar animal e pediu a intervenção das entidades fiscalizadoras, mas a organização negou infrações.

Em comunicado, o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) adiantou que apresentou denúncia e pedido de fiscalização junto da Direção-Geral de Veterinária (DGAV), do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da Câmara Municipal de Lisboa (CML), e lembrou que "animais selvagens não devem ser detidos como animais de companhia".

André Silva, deputado do PAN, considerou "inaceitável que os promotores do evento não [assegurassem] as condições mínimas de bem-estar destes animais", ignorando tratar-se de "espécies selvagens ou exóticas, com necessidades muito específicas em termos de bem-estar".

Segundo o PAN, através de fotografias divulgadas sobre o evento era "possível ver animais vivos, como répteis exóticos, que permanecem todo o evento dentro de cuvetes, com vista à sua comercialização".

Confrontado com estas acusações, Miguel Anjos, gestor da organização do PET Festival, salientou que, antes da realização do evento, todas as espécies presentes foram registadas e comunicadas à DGAV e à CML, entre outras entidades, e que o festival tinha "todas as autorizações em dia" para funcionar.

O responsável refutou qualquer infração e assegurou que a organização é a primeira a defender que se fiscalizem todas as situações se tal for necessário.

No espaço da FIL foram expostos animais como cães, gatos, répteis, insetos e os chamados animais de quinta: cavalos, póneis, cabras e burros.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Obrigada
    06 fev, 2019 13:27
    Parabéns PAN e até que enfim! Agora é varrer feiras e romarias por esse país fora, onde já vi diversos animais, como coelhos e cães, completamente aterrorizados e em pânico com o barulho e a multidão de pessoas a passar pelos stands e a mexer nos animais, sem a minima preocupação com o seu bem estar. Estamos no século XXI mas parece que ainda estamos Idade Média no que toca ao bem estar animal

Destaques V+