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Judiciária faz buscas na Universidade de Trás-os-Montes

01 fev, 2019 - 14:12 • Tiago Palma

Em causa estará o desvio, por parte de profissionais da própria universidade, das propinas dos estudantes brasileiros da UTAD, um crime ocorrido entre 2004 e 2013 e que provocou prejuízos de muitos milhares de euros.

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A Polícia Judiciária realizou esta sexta-feira buscas na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, por suspeita de desvio de fundos.

Em causa estarão as propinas pagas por estudantes brasileiros da UTAD – que chegaram a Vila Real por via de acordos de cooperação luso-brasileiros, em vigor entre 2004 e 2013 –, propinas essas que nunca terão entrado nos cofres da universidade.

Há vários elementos (por agora desconhecidos, embora se saiba que as buscas decorreram igualmente nas residências destes) da universidade suspeitos de envolvimento no esquema de desvio de fundos, um crime ocorrido há pelo menos três anos e que terá provocado prejuízos de muitos milhares de euros à universidade.

A investigação está a cargo da Unidade Local de Vila Real da PJ, em colaboração com o Departamento de Investigação Criminal de Braga e a Diretoria do Norte.

Em 2016, uma reportagem da RTP denunciaria a situação, noticiando que diversos professores da UTAD responsáveis pela coordenação dos protocolos teriam recebido indevidamente milhares de euros em contas bancárias no Brasil, dinheiro esse alegadamente desviado das propinas.

À época, António Fontainhas Fernandes, reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, garantia que estariam a ser tomadas “medidas internas de correção e de responsabilização”. Foi, aliás, o próprio Fontainhas Fernandes quem, em 2013, solicitou uma auditoria financeira para analisar o caso depois de detetar os prejuízos avultados, tendo o reitor igualmente suspendido os acordos de cooperação luso-brasileiros.

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