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Macedo de Cavaleiros espera 40 mil visitantes na Feira da Caça e Turismo

23 jan, 2019 - 17:19 • Olímpia Mairos

Mostra é ponto de encontro de todos os apaixonados pela caça e pela natureza e uma oportunidade de reverter a sazonalidade do turismo no concelho.

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O Município de Macedo de Cavaleiros está à espera de receber cerca de 40 mil visitantes durante a XXIII Feira da Caça e do Turismo e a XXV Festa dos Caçadores do Norte. A iniciativa, que tem lugar de 24 a 27 de janeiro, contará com 150 expositores no recinto da feira e estima-se a presença de 700 caçadores.

O presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues, explica que a mostra “constitui um ponto de encontro por excelência de todos os apaixonados pela caça e pela natureza e é uma oportunidade de reverter a sazonalidade do turismo no concelho e cativar pessoas para vir a Macedo de Cavaleiros numa altura do ano pouco usual”.

Com um orçamento na ordem dos 120 mil euros, o autarca espera “um retorno financeiro na ordem dos 250 mil euros, só no que diz respeito diretamente à feira”, salientando que há “receitas da área da hotelaria, comércio e restauração e que a câmara não tem como contabilizar”. “Este é um evento muito importante para o nosso concelho, que tem poucas soluções para dinamizar economicamente o tecido local”, observa o autarca macedense.

Da edição deste ano destaca-se a 25 de janeiro, o I Seminário Internacional sobre Turismo de Interior, subordinado ao tema “Um Turismo adequado para o Interior de Portugal” e que conta com a presença da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.

“O turismo do Interior pode ser pensado como um segmento territorial diferente do turismo de sol e praia da Costa e do Litoral, não apenas do ponto de vista geográfico, mas também da oferta, motivações e práticas turísticas”, defende o autarca de Macedo de Cavaleiros.

No entender de Benjamim Rodrigues, “o turismo do Interior deve integrar vários produtos e experiências turísticas de forma mais ou menos articulada e não só produtos de turismo rural”.

“Podemos agregar o turismo de natureza, termal, aventura, urbano, familiar, entre outros, mas, sobretudo, precisamos que o turismo do Interior se alicerce numa estratégia de diversificação e de multifuncionalidade de muitos destinos, possibilitando, assim, uma distribuição territorial, social e económica”, frisa.

Os quatro dias da feira serão dedicados à promoção dos produtos tradicionais da região, mas contam também “com espaços de debate sobre temas importantes para os caçadores, sobre o futuro da caça, as suas ameaças e, sobretudo, as suas oportunidades”, explica Benjamim Rodrigues.

Organizada pela autarquia de Macedo de Cavaleiros em parceria com a Federação das Associações de Caçadores da 1ª Região Cinegética, a iniciativa pretende divulgar o património cinegético, natural e paisagístico do município.

Feira é para crescer

O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros revela que a autarquia vai apostar na renovação e ampliação do Parque Municipal de Exposições para acolher mais expositores já a partir de 2020. Segundo Benjamim Rodrigues, “este ano, a feira terá 150 expositores, mas foi negado lugar a mais uma centena, essencialmente por falta de espaço”.

“Pretendemos crescer e vamos aumentar o espaço disponível com a construção de uma terceira nave, ao mesmo tempo que iremos proceder à modernização das outras duas, harmonizando o edificado existente com o que irá ser construído”, frisa Benjamim Rodrigues. Para isso, a autarquia estima fazer um investimento na ordem dos 200 mil euros, num projeto que espera ter concluído a tempo da edição do próximo ano.

A autarquia gostaria também de ver aumentar o investimento na área da hotelaria que não dá resposta à procura em períodos de época alta e, segundo o autarca, “está na calha a construção de três empreendimentos, fruto de investimento privado, que vão aumentar em cerca de 200-300 quartos a oferta hoteleira do concelho”.

“É importante que este tipo de investimentos ocorra, porque o concelho de Macedo de Cavaleiros tem uma oferta muito variada, desde a Feira da Caça às montarias em época de caça, sem esquecer os Caretos de Podence, a Albufeira do Azibo e o Geopark Terras de Cavaleiros”, esclarece.

O presidente macedense acredita que “o aumento da oferta hoteleira no concelho terá um impacto relevante na economia local, porque irá permitir trazer mais turistas para uma região com um potencial muito grande”.

Enquanto o concelho não consegue responder, ganham Bragança e Mirandela, onde os visitantes procuram alojamento.

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