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​Trump critica rejeição democrata do muro. "Não veem o crime e as drogas"

20 jan, 2019 - 21:57

Presidente norte-americano responsabiliza a oposição pela paralisação do Governo, que dura há um mês.

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O Presidente norte-americano critica a líder da maioria democrata na Câmara dos Representantes, e outros membros do seu partido, por terem rejeitado a sua proposta para financiar o muro na fronteira com o México, antes de a ter anunciado.

"Nancy Pelosi e alguns democratas rejeitaram a minha oferta antes mesmo de eu falar. Não veem o crime e as drogas, apenas veem 2020 [data das próximas eleições presidenciais], que eles não vão ganhar", escreveu na sua conta na rede social Twitter, Donald Trump, referindo-se à líder da maioria do Partido Democrata, na Câmara dos Representantes.

"Eles devem fazer a coisa certa pelo país e permitir que as pessoas voltem ao trabalho", acrescentou.

Numa outra mensagem semelhante, Trump voltou a atacar Nancy Pelosi, tendo considerado que "se comportou de forma tão irracional e foi tão longe para a esquerda que ele agora se tornou oficialmente um democrata radical".

Numa tentativa de desbloquear o 'shutdown' (encerramento dos serviços do Governo federal) que já dura há cerca de um mês, Donald Trump propôs no sábado alargar a proteção aos jovens imigrantes ilegais que entraram no país quando crianças, em troca de 5,7 mil milhões de dólares para construir o muro, mas os democratas rejeitaram a proposta.

Em declarações na Casa Branca, em Washington, Donald Trump disse que estava a oferecer um "compromisso de senso comum que ambas as partes deveriam adotar".

Antes das declarações de Trump, já a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, tinha dito que a proposta para terminar a paralisação parcial de 29 dias do Governo era "uma compilação de várias iniciativas anteriormente rejeitadas, cada uma das quais inaceitável".

A democrata da Califórnia considerou que a oferta de Trump não era "um esforço de boa fé" para ajudar os imigrantes e não poderia passar na Câmara.

Trump adiantou que iria alargar a proteção para jovens levados para o país ilegalmente quando crianças, bem como para aqueles com estatuto de proteção temporária que fugiram de países afetados por desastres naturais ou violência.

Os democratas criticaram a proposta defendendo que esta não é uma solução permanente para os imigrantes e porque inclui dinheiro para o muro ao longo da fronteira entre os EUA e o México, a que o partido se opõe fortemente.

Os democratas também querem que Trump reabra o Governo antes que as negociações possam começar.

No discurso na Casa Branca, Trump detalhou que o plano contempla "três anos de alívio legislativo" para os 700 mil 'dreamers' (cidadãos nascidos no estrangeiro que entraram nos Estados Unidos quando eram crianças), que poderão ter acesso a vistos de trabalho, número da Segurança Social, protegendo-os da deportação.

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