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IPMA confirma. Tornados da depressão Nelson foram mesmo tornados

04 abr, 2024 - 20:36 • Lusa

Dois fenómenos avistados no rio Tejo e em Silves no dia 28 de março foram logo chamados de tornados, mas sem confirmação científica do facto. Apenas o tornado no Algarve provocou estragos.

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O fenómeno que "parece ter sido um tornado" em Lisboa
O fenómeno que "parece ter sido um tornado" em Lisboa

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) confirmou esta quinta-feira os fenómenos avistados no rio Tejo e em Silves, no Algarve, a 28 de março, durante a depressão "Nelson", foram vórtices de tornados.

Na altura da passagem da depressão "Nelson" pelo território continental, os dois fenómenos foram registados em fotografias e vídeos, mas sem existir a certeza de serem efetivamente tornados, o que foi agora confirmado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que publicou a explicação online.

O IPMA afirma que "o tornado ter-se-á iniciado sobre a água do estuário do Rio Tejo, já a este da Ponte Vasco da Gama", entre as 14h21 e as 14h24, não sendo conhecidos efeitos de destruição associados ao tornado, pelo que não é possível estimar a sua intensidade".

"Com uma advecção de 23 metros/segundo (83 km/h) na direção es-nordeste, a supercélula (SC) cruzou todo o sul da cidade de Lisboa, entre a zona de Belém e a zona oriental da cidade, onde se situava pelas 14h17 UTC, já próximo da Ponte Vasco da Gama", refere o IPMA, acrescentando que 10 minutos após era ainda perfeitamente visível, já sobre os terrenos sedimentares do estuário do Tejo.

O instituto acrescenta que para o final da tarde do mesmo dia, no Barlavento algarvio, "foi reportado um episódio de vento forte em Benaciate, freguesia de São Bartolomeu de Messines, no concelho de Silves", confirmando-se que " a ocorrência esteve associada a um tornado".

"Pelas 17h07 situava-se ainda sobre o mar, localizando-se nas proximidades de Lagoa (concelho de Lagoa) dez minutos após. Com uma advecção de 22,5 m/s (81 km/h) na direção es-nordeste, pelas 17h27 situava-se próximo do local de onde foi reportada a ocorrência e dez minutos mais tarde já se encontrava após a autoestrada A2", explica o IPMA.

Segundo o instituto, este tornado destruiu duas casas pré-fabricadas, danificou outras habitações e causou a queda de árvores de grande porte que danificaram viaturas, a queda de postes de telecomunicações e de energia, ignorando-se a extensão e largura do trajeto de destruição deste fenómeno, que terá atingido 119 a 148 quilómetros por hora.

O IPMA acrescenta que "estes valores devem ser considerados como provisórios, podendo vir a ser confirmados ou alterados proximamente".

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