A+ / A-

​PSD. Negrão vai ao Conselho Nacional após terminar plenário no Parlamento

16 jan, 2019 - 21:28 • Lusa

Reunião decisiva para o futuro do PSD está marcada para as 17h00 de quinta-feira. Plenário da Assembleia da República arranca às 15h00.

A+ / A-

O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, confirmou esta quarta-feira que irá à reunião do Conselho Nacional do partido, no Porto, mas apenas depois de terminar o plenário na Assembleia da República.

"Irei obviamente à reunião do Conselho Nacional. Estarei na sessão plenária enquanto decorrer, logo que termine deslocar-me-ei ao Conselho Nacional", afirmou, questionado pelos jornalistas no parlamento, no final da sessão plenária desta quarta-feira .

O plenário na quinta-feira começa às 15h00 (e não deverá estender-se por muito mais de duas horas), precisamente com um projeto de resolução do PSD que recomenda ao Governo a implementação de um plano de contingência para o 'Brexit', e o Conselho Nacional arranca às 17h00, no Porto.

Questionado como vê as críticas de deputados que acusam a direção de "falta de respeito" por marcar um Conselho Nacional à hora em que decorrem trabalhos parlamentares, Fernando Negrão respondeu com a possibilidade de serem justificadas as faltas.

"Há uma figura que se chama trabalho político que justifica ausências. Uma ida ao Conselho Nacional nestas circunstâncias é motivo de justificação", defendeu.

O líder da bancada do PSD disse não ter ainda feito a contabilidade das ausências no seu grupo parlamentar, mas manifestou a convicção de que "a bancada não ficará vazia" e escusou-se a pronunciar sobre a polémica à volta do método de votação da moção de confiança à direção de Rui Rio.

Antes, a deputada Paula Teixeira da Cruz tinha afirmado aos jornalistas que não iria ao Conselho Nacional por considerar "um desrespeito" a marcação da reunião em cima de trabalhos parlamentares.

Além disso, diz também não ter recebido convocatória, ao contrário do que é habitual, e criticou o procedimento feito nas últimas reuniões de separar os deputados sem direito a votos dos restantes.

"É uma desconsideração para com a Assembleia da República e a República", apontou.

Questionado se é aceitável que a moção de confiança seja votada de braço no ar, Teixeira da Cruz respondeu taxativamente.

"De maneira nenhuma, os estatutos do PSD preveem que quando haja um pedido -- que é potestativo, obrigatório, não está sujeito a votação -- de um mínimo de 14 conselheiros a solicitarem que o seja por voto secreto, deve ser respeitado esse requerimento", defendeu, acrescentando que seria também "uma tentativa de condicionamento".

O Conselho Nacional do PSD, órgão máximo do partido entre Congressos, discute e vota na quinta-feira uma moção de confiança à direção, pedida pelo presidente Rui Rio, depois de o antigo líder parlamentar Luís Montenegro ter desafiado o líder a convocar diretas antecipadas, assumindo que seria candidato.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+