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Bolsonaro promete acabar com a "porcaria marxista" nas escolas

31 dez, 2018 - 18:38 • Lusa com Redação

O líder de extrema-direita acrescentou que o objetivo do Ministério da Educação "será avançar na formação de cidadãos e não na de ativistas políticos".

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O presidente brasileiro de extrema-direita Jair Bolsonaro prometeu esta segunda-feira erradicar o que entende como "porcaria marxista" em que se tornaram as instituições de ensino no Brasil.

"Uma das nossas metas para tirar o Brasil das piores posições nos rankings internacionais sobre educação é lutar contra o lixo marxista que se instalou nas instituições de ensino", disse o capitão da reserva do Exército Brasileiro, numa mensagem publicada no Twitter, na véspera da tomada de posse como novo presidente do Brasil.

O líder de extrema-direita, polémico pelas suas declarações chauvinistas, racistas e homofóbicas, acrescentou que o objetivo do Ministério da Educação "será avançar na formação de cidadãos e não na de ativistas políticos".

Para Bolsonaro, a presença do Brasil nos últimos lugares dos rankings desenvolvidos por organizações internacionais como a OCDE é o reflexo das políticas do Partido dos Trabalhadores (PT).

O futuro presidente, que tomará posse no primeiro dia de 2019, é defensor de uma política conhecida como a "Escola Sem Partido", que tenta evitar que os professores usem a sua situação para compartilhar com os alunos conceitos ideológicos.

Eleito com forte apoio de grupos evangélicos e dos setores mais conservadores do Brasil, Bolsonaro criticou também o PT por promover campanhas contra a homofobia e a igualdade de género nas escolas.

O projeto "Escola Sem Partido", que está dependente de votação no Congresso, prevê a luta contra o uso das salas de aula como um local para transmitir doutrinas partidárias e promover discussões sobre questões como a de género.

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro prometeu, por um lado, pôr fim aos métodos de ensino que seguem a ideologia do educador brasileiro Paulo Freire e, por outro, promover as escolas militares.

O próximo ministro da Educação será o filósofo colombiano naturalizado brasileiro Ricardo Velez Rodriguez, que, nas suas mensagens nas redes sociais, já antecipou que conceitos como a família e os valores serão os alicerces do sistema.

Comentários
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  • Anónimo
    02 jan, 2019 00:36
    Bolsonaro tem que ser internado urgentemente pois não está bom da cabeça. Nem nunca esteve.
  • Augusto
    31 dez, 2018 Lisboa 23:31
    Cada vez que este sujeito abre a boca , ou entra mosca ou sai asneira.

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