19 dez, 2018 - 00:11 • Isabel Pacheco, com redação
A cidade de Vila Nova de Gaia entra em obras em 2019 para tornar a Avenida da República parcialmente pedonal, mais bonita e com menos carros.
O projeto da autarquia está orçado em 11 milhões de euros e promete devolver a maior avenida da cidade aos peões.
A Câmara de Gaia quer dar nova centralidade aquela que é a maior avenida da cidade, através de um plano de urbanização que prevê mais espaços a pensar nas pessoas e menos nos automóveis.
“Não vamos pedonalizar totalmente a Avenida da República, isso era impossível, mas criar corredores de maior pedonalização e apropriação por parte dos cidadãos. Isso implica utilizar alternativas de atravessamento à Avenida da República e fazer circular mais transporte público e menos transporte individual”, explica à Renascença o autarca Eduardo Vítor Rodrigues.
O plano prevê mais espaços verdes e a realização de obras que vão melhorar a “qualidade paisagística maior” e “embelezar” aquela zona da cidade, isso “implica controlar o crescimento urbanístico”, afirma o presidente da Câmara de Gaia.
Estão também pensadas medidas para evitar dificuldades a quem quer chegar até ao centro da cidade. Para isso, Eduardo Vítor Rodrigues aponta algumas respostas, a começar por “transporte público cada vez mais eficiente”.
“Quando tentamos suprimir as travessias na Avenida da República damos velocidade ao Metro. E se dermos mais velocidade ao Metro, que na Avenida da República tem muitos semáforos, vamos ter mais Metro a circular, com maior frequência.”
A autarquia aposta também na criação de alternativas, com a Avenida de D. João II (VL9) e a futura ponte D. António Francisco dos Santos, que ligará Gaia a Campanhã, além da criação de novas zonas de estacionamento.
O projeto quer mudar a vida de quem vive e trabalha em Vila Nova de Gaia, admite Eduardo Vitor Rodrigues, que aponta outro propósito: colocar um travão à especulação imobiliária.
Orçado em 11 milhões de euros, o projeto da Avenida da República deverá estar concluído em três anos. As obras deverão arrancar em meados de 2019.